sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Paulo Guedes virou capacho do presidente da República.


Não se faz ministro da Economia como dantes, como muitos que deixaram seus nomes na investidura dos cargos ocuparam.  O próprio FHC, como ministro de Fazenda do governo Itamar Franco, que em fevereiro de 1994, implantou o Plano Real, cuja moeda está em vigor até hoje.  Embora não tendo sido ministro da Fazenda, mas responsável pelo Banco Central durante a gestão do Lula da Silva e finalmente ministro da Economia do governo Michel Temer, Henrique Meirelles implantou a Emenda Constitucional conhecido como do "teto dos gastos públicos".  Nas últimas décadas, o sucesso ou o fracasso de um governo tem sido creditado ou debitado aos ministros da Economia de cada governo.

Paulo Guedes foi fiador da linha ideológica da política econômica, do ainda candidato Jair Bolsonaro.  O ministro da Economia foi investido no cargo como fiador da política econômica liberal que ele prometeu implantar no País.  Os empresários, os investidores institucionais estrangeiros e nacionais, apostaram na sua política econômica liberal ensinado ao estilo do ensinamento do professor Milton Friedmann.  Até então, o eminente professor da economia teria criado mundo a fora, os "Chicago boys", em alusão aos alunos da economia formados no Chicago University, à época.  O ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan teria seguido o primeiro presidente americano que teria seguido os ensinamento do professor, implantando uma forte desregulamentação da economia americana.

O ministro Paulo Guedes, não lembra nem um pouco do assessor econômico do então candidato Jair Bolsonaro.  Ao contrário da economia liberal, o ministro da Economia, segue a trajetória oposta, ao defender uma série de subsídios ao setor produtivo e um programa de auxílio aos "sem empregos".  No momento, com a justificativa da pandemia "coronavírus", utiliza-se do "cheque em branco" do Orçamento de Guerra, para enveredar-se em política assistencialista que levou a popularidade do presidente da República, num nível que deixa de inveja o Lula e Dilma.  Os gastos previstos por conta da pandemia "coronavírus" está previsto em R$ 1 trilhão.  Claro, sacando à "descoberto", por conta da dívida pública que, perigosamente, se iguala ao PIB.  

O "populismo" é um vício, um defeito, que leva os governantes de qualquer nação a querer permanecer no poder, por eternidade.  Nem vou citar os nomes, porque os exemplos estão recheados no mundo de hoje e de ontem.  Tomara que o nosso presidente da República não tenha sido picado pela "mosca azul" e seu ministro da Economia seja mais um "puxa saco" a inflar o ego do primeiro mandatário da República. 

Paulo Guedes virou capacho do presidente da República.

Ossami Sakamori

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