sábado, 15 de agosto de 2020

Paulo Guedes vai deixar o governo!


O presidente da República, Jair Bolsonaro, descobriu que o seu estilo rude e tosco (sic meu), características que o marcou desde a campanha presidencial e o mantém no bom nível de popularidade.  As últimas pesquisas de opinião mostra a aceitação em nível superior à pesquisa anterior da Datafolha, 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% da pesquisa anterior e o índice de rejeição caíram de 44% para 34%.   Dentro desse cenário positivo, o presidente da República irritou-se com a declaração do ministro Paulo Guedes sobre a possibilidade de impeachment caso ele, presidente da República, furasse o "teto dos gastos", numa alusão à interferência do presidente da República nos assuntos da área econômica, que ele se acha o "dono".  

O Paulo Guedes se acha o todo poderoso da República, mas não é.  O "Orçamento de Guerra", um verdadeiro "cheque em branco" utilizado pelo ministro da Economia, foi aprovado pelo Senado Federal no dia 20 de março e pela Câmara dos Deputados, na véspera, o reconhecimento de "estado de calamidade pública no Brasil" para enfrentamento da pandemia "coronavírus".  Desde então, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já lançou mão desse mecanismo gastando R$ 800 bilhões na conta dele e R$ 1 trilhão na minha conta, para atender os trabalhadores informais, empresas de pequeno ao grande porte e transferência de recursos do Tesouro para estados e municípios.  

Paulo Guedes, de repente, se viu na condição de "super ministro", quase como um "Primeiro Ministro", aproveitando-se do pouco conhecimento do presidente da República nos assuntos da "macroeconomia".  Com "cheque em branco", Paulo Guedes ousou em enfrentar o ministro chefe da Casa Civil em "restringir" os gastos em investimentos públicos.  O último ato do Paulo Guedes foi liberar uma "migalha" de R$ 5 bilhões para o Ministério de Desenvolvimento Urbano para concluir obras inacabadas.   Eu disse "migalha", porque ele já gastou ou vai gastar uma "bagatela" de R$ 800 bilhões na conta do Guedes ou R$ 1 trilhão na minha conta, somente neste ano.

Apenas para lembrar que no final de julho, apresentei ao ministro da Casa Civil, Walter Braga, um plano denominado de "Ação pró Brasil", com investimento de R$ 1 trilhão no triênio 2020/21/22, o que geraria grosso modo 40 milhões de novos empregos formais.   O plano "Ação pró Brasil" é uma versão arrojada do plano "pró Brasil" apresentado pelo ministro Braga Neto e boicotado pelo ministro Paulo Guedes.

Na queda de braços entre o presidente da República e o ministro da Economia, aposto que Paulo Guedes vai deixar o governo!

Ossami Sakamori



Um comentário:

Ary disse...

Coitado do Paulo Guedes, com os embates deve estar nos limites das suas forças, tem que descansar!