sábado, 12 de maio de 2018

Política econômica do Alckmin.

Crédito da imagem: Estadão

Para o Pérsio Arida o setor de "infraestrutura" precisa ser um dos "polos dominantes" da economia brasileira ao lado do polo dinâmico que é o "agronegócio".  Para o ex-presidente do Banco Central, o País tem uma demanda "gigantesca" no segmento de infraestrutura, carente de investimentos por falta deles nos últimos anos.  

Outro ponto crucial para o Pérsio Arida é o "desiquilíbrio" das conta públicas.  Na visão do  economista Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, se Alckmin for conduzido à presidência da República, a primeira providência é tomar medidas que estabilize a relação dívida pública e o PIB. Com isso, imagina que os prêmios de risco associados ao País vão cair, fazendo com que a taxa de juros reais da dívida pública caia nos patamares praticados pelos países com economia estável.

Se eleito Geraldo Alckmin para presidência da República, a política econômica terá, em linhas gerais, "viés liberal", na minha avaliação.  No entanto, dentro da política econômica em elaboração pela equipe comandada por ele, a Petrobras, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil não entrarão no rol das privatizações. Com relação à privatização da Eletrobras, acha que o que começou "terá que terminar", afirma Pérsio Arida. Dentro da visão liberal do Pérsio Arida, os "penduricalhos", os serviços não essenciais do governo da União, serão privatizados. 

Na visão do economista Pérsio Arida, o Banco Central comandada pelo atual presidente Ilan Goldfajn está desempenhando as funções do Banco Central, com competência. Assim sendo, se eleito Geraldo Alckmin, a atual diretoria do Banco Central será confirmada, disse Pérsio Arida. Resumindo, a política monetária não sofrerá modificações, se eleito Alckmin.

O que muda na política econômica do Alckmin em relação ao do Temer é que se dará um esforço para equilíbrio das contas públicas, para equilíbrio nos próximos dois anos.  Também, a diferença da política econômica em comparação ao do governo Temer é que se dará prioridade às reformas estruturantes e investimentos em infraestrutura.  Vamos lembrar que desde 2016, o País amaga sucessivos "déficit primário", grifo meu. 

Dentro da prioridade do governo Alckmin, se eleito, Pérsio Arida coloca como prioridade a reforma tributária, com ênfase na simplificação do atual sistema e a reforma da previdência que será apresentado no decurso da campanha eleitoral. A manutenção do Bolsa Família é tida como certa para efeito da política econômica do governo Alckmin.

Assim sendo, a política econômica imaginado pelo Pérsio Arida, estará calcada em equilíbrio nas contas públicas e prioridade nos investimentos em infraestrutura.  Poderemos dizer, então, que a política econômica do candidato Geraldo Alckmin visa "estabilidade e desenvolvimento sustentável".

Ossami Sakamori
BRdemocratico

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Um comentário:

Unknown disse...

Caríssimo, tecnicamente falando, todos os candidatos buscarão contentar o eleitor com a visão de que tem condições de buscarem o equilíbrio das contas públicas, infelizmente esse é um jogo de truco e leva que blefar melhor.

Com uma dívida pública em 3,55 trilhões com projeções óbvias de chegar a 4 trilhões, que mágica seria feita para buscar o equilíbrio das contas públicas que não fossem salgados ao trabalhador real?

O que me incomoda em eleições é que se vendem peixes extraordinários que só ervem em vitrine, para o consumo nada. Penso que primeiro passo é buscar meios de incentivar a produção, sem enganação de redução de impostos. Penso que temos que premiar quem mais produzir e não dar incentivos para que empresas entrem ou fiquem no país. Exemplo, produziu mil peças esse ano, ano que vem se produzir 1200 peças, só paga imposto sobre 1050. Será que alguém entende esse conceito? A opinião do ilustre professor @Sakamori seria interessante...