Crédito da imagem: Estadão
A dívida pública "líquida" da União no mês de março terminou em R$ 3,46 trilhões e passou para 52,3% do PIB. No entanto, o endividamento público "bruto", segundo Banco Central, chegou a 75,3% do PIB, o maior percentual da série histórica iniciada em 2006. Já o diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vitor Gaspar, aponta a dívida pública bruta do governo como sendo de 82,1% do PIB. Seja como for, estamos a caminhar para o "default", celeremente.
No entanto a principal causa do aumento de ambas dívidas, líquida e bruta, é o "déficit primário" de R$ 25,13 bilhões do setor público consolidado no mês de março deste ano. O número, segundo Banco Central é o pior desde série histórica do próprio BC, iniciada em 2001. Eu tenho chamado atenção sobre o crescente dívida pública do País, desde 2012, quando inaugurei este blog. Os sucessivos governos, incluindo o do governo Temer, vem "gastando mais do que pode". A Emenda Constitucional do teto dos gastos, comemorado com feito do governo Temer, ao contrário do que afirma, liberou o "déficit primário" ou o gastos públicos correntes, além do que arrecada.
Lembrou ainda o diretor do FMI que a dívida pública no horizonte a curto e médio prazo, têm viés de crescimento com persistente "déficit primário e nominal", desde 2015. Nem é preciso que o diretor do FMI nos faz lembrar que a situação fiscal do governo brasileiro, sobretudo a do governo da União, é bastante crítica. É por estas e outras "orientações" é que o governo Lula pagou a dívida que o Brasil tinha com o FMI para se livrar dos preceitos ortodoxos de "gastar o que arrecada".
Ao "déficit primário" ou o "rombo fiscal" como quiserem, soma-se às despesas com o pagamento de juros e encargos da dívida pública. Vamos lembar que o Brasil paga pelos títulos do Tesouro Nacional juros reais de 4%, grosso modo, acima da inflação. Os juros reais é que impacta no crescimento da dívida pública líquida e bruta. Se o Brasil fosse uma empresa privada, poderíamos afirmar que vive do dinheiro da ciranda financeira. O Brasil paga as contas das despesas correntes produzindo o conhecido "déficit primário", endividando cada vez mais.
O tema "endividamento público" deveria ser a principal pauta dos candidatos à presidência da República. Mas, não é! Os candidatos à presidência insistem em resolver a situação com "bravatas". Com certeza absoluta, isto não é tema para resolver com soluções milagrosas. O próximo presidente, não tem que terceirizar o espinhoso assunto da dívida pública para o seu ministro da Fazenda.
Pelo andar da carruagem, o Brasil caminha para "default" ou "calote" da dívida pública, no médio prazo.
Ossami Sakamori
@BRdemocratico
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No entanto a principal causa do aumento de ambas dívidas, líquida e bruta, é o "déficit primário" de R$ 25,13 bilhões do setor público consolidado no mês de março deste ano. O número, segundo Banco Central é o pior desde série histórica do próprio BC, iniciada em 2001. Eu tenho chamado atenção sobre o crescente dívida pública do País, desde 2012, quando inaugurei este blog. Os sucessivos governos, incluindo o do governo Temer, vem "gastando mais do que pode". A Emenda Constitucional do teto dos gastos, comemorado com feito do governo Temer, ao contrário do que afirma, liberou o "déficit primário" ou o gastos públicos correntes, além do que arrecada.
Lembrou ainda o diretor do FMI que a dívida pública no horizonte a curto e médio prazo, têm viés de crescimento com persistente "déficit primário e nominal", desde 2015. Nem é preciso que o diretor do FMI nos faz lembrar que a situação fiscal do governo brasileiro, sobretudo a do governo da União, é bastante crítica. É por estas e outras "orientações" é que o governo Lula pagou a dívida que o Brasil tinha com o FMI para se livrar dos preceitos ortodoxos de "gastar o que arrecada".
Ao "déficit primário" ou o "rombo fiscal" como quiserem, soma-se às despesas com o pagamento de juros e encargos da dívida pública. Vamos lembar que o Brasil paga pelos títulos do Tesouro Nacional juros reais de 4%, grosso modo, acima da inflação. Os juros reais é que impacta no crescimento da dívida pública líquida e bruta. Se o Brasil fosse uma empresa privada, poderíamos afirmar que vive do dinheiro da ciranda financeira. O Brasil paga as contas das despesas correntes produzindo o conhecido "déficit primário", endividando cada vez mais.
O tema "endividamento público" deveria ser a principal pauta dos candidatos à presidência da República. Mas, não é! Os candidatos à presidência insistem em resolver a situação com "bravatas". Com certeza absoluta, isto não é tema para resolver com soluções milagrosas. O próximo presidente, não tem que terceirizar o espinhoso assunto da dívida pública para o seu ministro da Fazenda.
Pelo andar da carruagem, o Brasil caminha para "default" ou "calote" da dívida pública, no médio prazo.
Ossami Sakamori
@BRdemocratico
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Um comentário:
Seu Saka,
Admiro demais sua bagagem cultural. Interessante é que sua formação seja a engenharia, mas quem o lê imagina a Economia. Imagino então sua competência como engenheiro (perito judicial)
Feliz ou infelizmente, Vossa Senhoria tem leitores como eu, que não conseguem alcançar na totalidade suas mensagens. Digo isso porque não vejo alternativa para o Brasil fora da intervenção militar. Nem a eleição do Capitão, porque logo se verá refém do Congresso.
Enquanto não forem presos os bandidos dos 3 poderes, confiscados os bens, não há solução na visão deste incauto ...
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