quarta-feira, 18 de maio de 2016

Meirelles, põe ordem nesse galinheiro!


A empolgação dos novos ministros é tanta que as declarações chegam a ser ridículas e irresponsáveis. Refiro-me especificamente ao comentário sobre o "déficit primário", que eu denomino de "rombo" das contas do governo. 

Uns falam em R$ 90 bilhões, outros em R$ 150 bilhões. Isto dito por um ministro do Estado é um falta grave, mesmo que isto seja as primeiras versões, na virado do governo. Se o governo Temer quiser fazer um ajustamento no LDO e LOA para situação real que o País viverá em 2016, deverá, na minha conta, prever um "déficit primário" algo em torno de R$ 250 bilhões. Guardem este número e me cobrem no fim do ano. 

Para os leigos entenderem, o "déficit primário" é dinheiro que falta para o governo, deduzindo os gastos do governo federal do total de receitas. No "déficit primário" não inclui o pagamento de juros da dívida pública federal e muito menos as amortizações das dívidas vincendas em 2016. Pressupõe que as a "rolagem da dívida pública" deverão ser feitas, porque o dinheiro arrecadado dos impostos não cobre nem os gastos do governo. Com os juros estratosféricos que pagamos, é inevitável que a dívida pública federal cresça em forma exponencial, sem que pague pelo menos os juros da dívida. 

O "déficit primário" previsto por mim, baseia-se no pressupostos irreais que foram adotadas no LDO e LOA de 2016. Estou considerando, ainda, que no final de 2016, não deverá haver "restos à pagar" jogados para o próximo exercício. Os "restos à pagar" são formas "criativas" de jogar a dívida do governo federal para frente. Não se configura como tal, mas os "restos à pagar" é como as "pedaladas fiscais". 

O governo Temer além dos rombos já constatados, deverá pagar as "pedaladas fiscais" (os restos à pagar) da Dilma e não fazer as "pedaladas fiscais" no final de 2016. É incrível, como os ministros do Estados estão muito mal preparados. Com raras exceções, a equipe ministerial do Temer se assemelha a muitas outras que o País já teve. 

Vejo que os ministros do Temer estão em euforia, com a mudança de postura (sic) em relação ao governo anterior. Espero e desejo que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, põe ordem no "galinheiro", onde todos falam ao mesmo tempo, para uma postura mais sóbria. 

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Ossami Sakamori












7 comentários:

daniel camilo disse...

Quando comentei que pularíamos da panela quente e cairíamos no fogo acesso era porque nunca confiei em Michel que ajudou Dilma e agora quer demonstrar que nunca a viu. Meirelles com Lula e Dilma ajudaram a perdoar dívida da Friboi. Agora Michel Temer empossa Henrique Meirelles para Min da Economia? Sr Sakamori, se foi Meireles quem bagunçou o galinheiro deveria arrumá-lo agora porém, para mim, Meirelles depois de nos tapear vai bagunçar ainda mais esse galinheiro, infelizmente.

Anônimo disse...

Caro professor Sakamori,
Os que têm a nossa idade ou próximo dela já viram filmes iguais a esses em anos passados e em governos de mesma ou diferente linha de atuação. O problema de nossos políticos é que gostam de falar muito e agir pouco e, quando agem não o fazem como falaram ou até distorcem o que dizem. Na prática, trocam 6 por 4. Desde sempre foi assim e não acredito que agora seja diferente, até porque as pessoas são as mesmas. Isso se parece com uma pedra rolando montanha abaixo.

Anônimo disse...

Quem muito fala, pouco acerta. Esse "galinheiro" para gente que fala demais, só pode ser gente incompetente, por que gente séria e trabalhadora, está muito mais interessada em trabalhar e apresentar resultados.
Mas como é equipa de Temer, tudo bem, vem aí a mesmiçe cagada.

Anônimo disse...

Pelo jeito, a reforma na Previdência Social será a panaceia velada para equacionar as contas/dívidas do governo, senão vejamos: não fossem os saques na receita da seguridade a título de DRU,atualmente 20%, em vias de ser majorado para 30%, conf. PEC 87/2015, bem como o que se deixou de arrecadar em função da política de desoneração fiscal (fl. de pagto), as contas da Previdência Social fechariam com superávit. A principal pauta da equipe econômica, onde predomina executivos de banqueiros, é promover reformas na Prev. Social que tragam resultados imediatos, devendo para tanto abranger expectativas de direito (pessoal da ativa), com vistas a geração de margem maior para a citada DRU e possibilitar o pagamento dos juros da dívida aos principais credores, ou seja, os banqueiros. Sr. Ossami, ficaria feliz se derrubasse a minha tese. Grato.

Anônimo disse...

Infelizmente tenho que concordar com a posição do sr. Camilo. Num cabaré, alguma p...vestida de freira, com certeza não é freira!

virginialeite.blogspot6.com. disse...

Concordo plenamente com Danilo Camilo ! Também não confio nenhum pouco no Temer .

virginialeite.blogspot6.com. disse...

Quem acreditar no Temer , quebrará a cara .