Crédito da imagem: Estadão
Circulam na imprensa, notícias sobre manifesto de professores da Fundação Getúlio Vargas, do Insper, da Fipe-USP e da Faap, que apoiam às medidas de ajuste fiscal e econômico do governo federal. O documento é divulgado no momento que o governo Dilma tem dificuldade de convencer os políticos da base aliada para defender a política econômica do segundo mandato.
O documento denominado de "Manifesto dos economistas em apoio às medidas de ajuste fiscal e econômico do governo federal", os economistas afirmam que a economia brasileira enfrenta a grave "crise fiscal" e que se as medidas de ajustes não forem implementadas, o Brasil corre o risco de perder o "grau de investimento" e o País viria aprofundar as dificuldades econômicas e financeiras e do emprego.
Esta tem a cara de mais uma manifestação encomendada pela Dilma. As afirmações não são bem claras sobre em que pontos estão de acordo e em que ponto eles discordam. De qualquer forma, defende o "ajuste fiscal" como pano de fundo para aprovar demais posicionamentos. Eu já disse em matérias anteriores de que o "ajuste fiscal" sozinho não resolve os graves problemas da economia, provocado pelo equívoco da política econômica do primeiro mandato do governo Dilma.
Para os meus leitores que são em sua maioria leigos em economia, afirmo novamente de que as medidas econômicas tomadas pela Dilma, neste segundo mandato, repete o mesmo erro da política econômica do primeiro mandato, contrariando as afirmações dos renomados professores da Universidades nominadas acima.
Não querendo simplificar o assunto complexo, cito apenas dois pontos entre diversos, que considero fundamental na formulação da política econômica sustentável ao longo do tempo. Aliás, o modelo de sucesso, preconizado por mim, não é teórico. As economias emergentes que crescem à razão de 6% a 7%, adotam a política econômica que foge da fórmula clássica do FMI. Falo da Índia e China.
A China não é por acaso a segunda economia do mundo e cresce 7% ao ano. Não venha argumentar contra, dizendo que é resultado do regime comunistas. Isto é discurso para perdedores! A política econômica daquele país e de outros países emergentes do mundo, são totalmente contrário à política econômica preconizados pelos subscritores do documento de apoio à política econômica do governo Dilma. Os apoiadores da política econômica da Dilma são visceralmente à favor da clássica fórmula do FMI. Os países citados não seguem rigorosamente as fórmulas clássicas do FMI.
O modelo de política econômica do segundo mandato da Dilma, continua a dar prioridade neste segundo mandato as mesmas premissas do primeiro mandato. Vocês vão se arrepiar, mas é pura verdade! O governo Dilma do segundo mandato defende taxa de juros Selic a mais alta do mundo, em termos reais e pratica real apreciado em relação ao dólar. Isto já foi pilar da política econômica do primeiro mandato da Dilma, para produzir a "sensação de bem estar" e "sensação do poder de compra" da população. E a equipe econômica da Dilma a mantém o mesmo pilar da política econômica do primeiro mandato, com exceção da política fiscal.
O atual modelo da política econômica, atende os preceitos clássicos do FMI, que escraviza os países menos desenvolvidos pelos países mais ricos. A atual política econômica da Dilma atende aos interesse dos banqueiros e agiotas internacionais. A taxa de juros mais altas do mundo tem sentido de atrair capital estrangeiros para financiar a dívida pública interna do governo federal.
O real apreciado que já provocou a desindustrialização do País, continua em vigor no segundo mandato da Dilma. Nas condições expostas, a política econômica da Dilma atende os interesses do capital externo especulativo em detrimento de capital estrangeiro de investimento direto. Atende os banqueiros em detrimento da classe produtiva.
Fico triste em ver que os economistas que pensam contrário aos que assinaram o manifesto não se pronunciem sobre o documento ou sobre a política econômica equivocada do segundo mandato da Dilma. A imprensa não toma posição. Sobra a tarefa para este modesto blogueiro para abrir olho da população menos esclarecida em termos de marco-economia. A política econômica da presidente Dilma do segundo mandato nada muda em relação à política econômica do primeiro mandato. As medidas da Dilma atende apenas aos interesses dos banqueiros e especuladores financeiros.
Eu manifesto contra a atual política econômica da Dilma, ao contrário do manifesto dos notáveis do mundo acadêmico. Chega de faz de conta! Chega de hipocrisia! Chega de medidas populistas que atende apenas ao interesse da facção criminosa se manter no poder.
Nota: Ao me manifestar contra a política econômica do PT, não estou a afirmar que estou alinhado com o pensamento econômico do PSDB. Faço parte do grupo que defende a política econômica independente da fórmula clássica do FMI. E ponto final !
PS:
Eu dou muita rizada! Segundo Estadão de hoje, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,99% em junho, após subir 0,60% em maio, informou nesta sexta-feira, 19, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento é o maior para o mês de junho desde 1996, quando a alta foi de 1,11%, informou o instituto.
Ossami Sakamori
5 comentários:
Brasil é refém de grandes bancos grandes empreiteiras que determinam políticas e práticas convenientes. O PSDB também utilizou as mesmas práticas equivocadas do PT na economia. A Malásia, em 1998, jogou a cartilha do FMI e se deu bem.
Esclarecendo: A Malásia jogou fora a cartilha do FMI.
Com a prisão dos empreiteiros a água bateu na bunda do cachaceiro...
O pessoal que convive com o molusco diz que quando fica nervoso tem ataque de flatulência. Por isso, a razão desta composição:
Lula quando peida pula
De uma certa altura
Que ninguém calcula
É nóis
O Brasil não sai desta gosma nunca,pois convém à quadrilha que se apossou do poder e não deixará nuinca esse osso gostoso.
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