Cara de um fuça da outra
Na segunda-feira, dia 4, assisti o depoimento do Joaquim Levy sobre plano de ajuste fiscal do governo Dilma, neste segundo mandato. Foram horas de esclarecimento do ajuste fiscal para os deputados. Não só não me convenceu mas me assustou sobre o que pensa o ministro da Fazenda Joaquim Levy.
O ponto central do depoimento foi o aumento de impostos sobre forma de contribuições nas desonerações concedidas durante os 12 anos da administração PT. Joaquim Levy fez longo preliminar para os deputados que é preciso recuperar as desonerações concedidas no período Lula e Dilma, as tais "medidas anticíclicas" adotadas como tais pelo novo ministro da Fazenda.
Para o bom entendedor, as "medidas anticíclicas" que, em tese, seria para enfrentar a crise financeira mundial de 2008, fez o ministro da Fazenda Joaquim Levy estender ao todo período do governo do PT. O ministro da Fazenda entendeu que as "medidas anticíclicas" foram implementadas desde 2003. Em outras palavras, o Joaquim Levy considerou como um "tsunami" as medidas tomadas pelo FHC, para quem ele, Levy, trabalhou como parte integrante da equipe.
Incrível é a conta que ele apresentou para recuperar com os ajustes econômicos do Levy neste segundo mandato da Dilma. Ele citou um número que a mim deixou pasmo. Falou ele de que o volume de desonerações no período do governo PT, nos últimos 12 anos, vão a R$ 130 bilhões por ano. Pelo visto, o ajuste proposto neste primeiro momento que não ultrapassa os R$ 25 bilhões, é apenas o começo de outras séries de medias para correção das "medidas anticíclicas".
No primeiro trimestre deste ano, o Tesouro conseguiu o minguado superávit primário de R$ 5 bilhões. O ministro Levy prometeu superávit primário, somente do governo federal, 1% do PIB ou equivalente a R$ 55 bilhões. Pelo visto, vai faltar muito para alcançar a meta do superávit primário deste ano, sem que sejam implementados outros ajustes ainda não anunciados.
Um ponto do seu depoimento que me deixou triste foi o fato dele, Joaquim Levy, não admitir a "pedalada" de R$ 40 bilhões levantadas pelo TCU. Joaquim Levy, simplesmente, tirou o dele da reta. Não admitiu que o Banco Central tem condições de levantar as "pedaladas". Fiquei mito assustado quando ele afirmou que o Ministério da Fazenda não tem condições de saber das "pedaladas" do Tesouro.
Com a formação que tem o Joaquim Levy e ele ter participado na equipe econômico do FHC e ainda por ter sido secretário da Fazenda do governo do Rio de Janeiro, ele sabe sim, cristalinamente, quanto foi e quanto será as "pedaladas" que a Fazenda dá para com os bancos oficiais para cumprir as metas do orçamento fiscal. Resumindo. Joaquim Levy mentiu que desconhece sobre as "pedaladas" dadas pelo Tesouro para cumprir as metas fiscais.
Joaquim Levy não é mais "neo-liberal". Joaquim Levy não é mais tucano. Joaquim Levy não passa de um funcionário do Bradesco que interessa apenas a servir ao governo Dilma. Joaquim Levy do Bradesco não está à serviço do Brasil. Joaquim Levy atende aos interesses da Dilma presidente e ao sistema bancário como todo.
Joaquim Levy está petista até a alma!
Ossami Sakamori
5 comentários:
Infelizmente ele é mais um que se deixou comprar pelo PT! Da mesma forma que o Bradesco também se deixou corromper .
Mais um psicopata a colocar o Brasil ao nivel economico da Venezuela.
Estamos à deriva e à beira da bancarrota.
Os agiotas e especuladores são os únicos que se dão bem nessa situação.
Poucos mandatários estão ou estiveram interessados no Brasil. Nós temos q ser mais criteriosos ao votar.
Caríssimo
Demorou para entender. Como alguém que ganha milhões por ano deixa seu cargo para ganhar R$20.000,00/mês? Somente um altruísta, alguém de alma especial, preocupado como o próximo, um santo, por assim dizer.
Sendo ele do Bradesco e não sendo santo. A conclusão era fácil, caro Watson.
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