sábado, 19 de outubro de 2013

Economia BR. Inflação do bolso!

O controle da inflação está começando a fazer água. O engessamento dos preços pode funcionar por algum tempo, mas não o todo tempo.  O maior exemplo vem do Plano Cruzado do Sarney. O tabelamento do preço que é um engessamento compulsório de todos os preços, criou explosão de consumo, como o que está acontecendo agora no País.

Não importa se o engessamento dos preços são setoriais, mas que faz parte do receituário equivocado da equipe econômica da presidente Dilma isto é inequívoco.  

O que está engessado?  Primeiro, o dólar está controlado com intervenção do Banco Central vendendo títulos do Tesouro denominado de swap cambial tradicional no montante de US$ 100 bilhões.  Isto é engessamento.  A equipe da Dilma utiliza dólar como âncora para segurar a inflação.  

Os preços administrados como tarifa de energia elétrica, combustíveis e tarifa de transporte coletivo, estão comprimidos.  Uma hora deverá vir o reajustamento dos preços, sob pena de quebrar o setor elétrico, a Petrobras e o transporte urbano.  

Mesmo assim, segundo a Folha, a prévia de inflação oficial do País, o IPCA-15, para o mês de outubro é de 0,48%.  Segundo Adriana Molinari, numa matéria da Folha, diz que a alta de 0,70% dos preço dos alimentos e bebidas foi a principal surpresa.  

A presidente Dilma vem postergando o aumento dos combustíveis, na tentativa de segurar a inflação oficial IPCA, no patamar dentro do teto de 6,5% para o ano de 2013.  As notícias dão conta de que o aumento de gasolina vem nos próximos dias, com índice variando em torno de 5% a 7%.  Segundo raciocínio da equipe econômica, o reajuste que será dada faltando 2 meses do término do ano não trará reflexo nos preços de outras cadeias produtivas.  

Ainda, segundo Molinari, em entrevista declaração para o jornal Folha, o aumento de preços estão mais disseminados, o que é um indicativo nada bom.  Imagine, os aumentos depois da alta de combustíveis!  Literalmente, é como jogar gasolina na fogueira, neste momento.

Eu que tenho viajado de um lado para outro, tenho notado que o mercado está perdendo referência de preços.  Isto é típico do movimento de saída do engessamento de preços.  É uma espécie de corrida de preços.  Ninguém quer ser o último a aumentar.  Os aumentos estão vindo da base, das mercearias, dos serviços essenciais para o dia a dia do cidadão.  A contaminação está vindo à galope!  Não há taxa Selic que segure a inflação!

Fiquemos atentos, muito atentos!  Melhor gastar o salário no começo do mês do que final do mês.  Guardar dinheiro na poupança parece, neste momento, não ser a melhor alternativa.  O real está perdendo o seu valor a cada dia.  

Espero que a equipe econômica da Dilma tome medidas duras para conter a inflação.  Só discursos não resolvem mais no quadro que se encontra.  

Ossami Sakamori

Um comentário:

Unknown disse...

É verdade, o real está perdendo o valor, sempre poupei, mas hoje, sei que isso pode ser uma furada, porém, se endividar com consumo é uma roubada maior ainda. A crise, a inflação, já está entre nós, faz tempo, escondida no custo de vida, cada vez mais alto e que afeta a parte mais frágil da economia: o povo.
Dilma sabe que o aumento do preço do combustível, da energia e dos transportes pode ser fatal para sua provável reeleição, mas assim que ela se reeleger a tempestade virá com força total, eu já vi este filme em 1998, com a reeleição de FHC, que foi obrigado a desvalorizar o real.

O Brasil está engessado, pior vai ser quando o gesso quebrar... Bem, eu vou agora sair na noite, curtir a loucura da noite carioca, chega de Brasil por hoje... Amanhã, o martírio continua. Boa noite.