domingo, 29 de maio de 2016

Rombo de R$ 170 bilhões, a vitória do Pirro.


A comemorada aprovação do ajustamento da meta fiscal ou o Orçamento da União para 2016, com o rombo de R$ 170 bilhões, soou como vitória do governo Temer. A grande imprensa noticia com estardalhaço a vitória do governo no Congresso Nacional. No sentido de controle do governo sobre os parlamentares, o resultado é positivo, porém, para a população é uma derrota de grandes proporções. É uma verdadeira vitória do Pirro.

Para fechar o primeiro pacote de medidas, o governo Temer deve remeter ao Congresso Nacional a desvinculação da receita da União, o já conhecido DRU. Esta medida é complemento da revisão da meta fiscal com déficit primário de R$ 170 bilhões. A desvinculação da receita é dar "cheque em branco" para o governo gastar as despesas aprovada na semana passada, onde houver mais necessidade. Trocando em miúdos, o Congresso Nacional vai autorizar o governo Temer, a direcionar os gastos do governo da União, onde mais aperta o sapato (necessidades). 

A triste notícia é de que o governo Temer trabalha com horizonte de 5 ou 10 anos para tornar o resultado primário (receitas menos despesas) equilibrado. Há previsão de que os próximos orçamentos da União venha com o "déficit primário". Isto é inexorável, sem criação de novos impostos. 

Não sobrando recursos para pagar pelo menos os juros da dívida pública, haverá duas consequências inevitáveis e inexoráveis. A primeira consequências é que aumentará o tamanho relativo da dívida pública em relação ao PIB, que aproximará do 100% do PIB, celeremente. A segunda consequência é que a expansão da base monetária provocada pela emissão de novos títulos da dívida pública, será um fator dificultador para controle da inflação.

Tudo isto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sabe. O presidente Temer sabe, também. Isto é conhecimento básico para qualquer administrador público. Eles sabem que as consequências do "déficit primário" em anos seguidos poderão trazer consequências nocivas inevitáveis. A contínua expansão da dívida pública federal é um fator importante para as notas de avaliação do País, pelas agências de riscos. 

O contínuo "déficit primário" da União, de certa forma, inibe a retomada dos investimentos no País, sobretudo em investimentos produtivos. O fato, tem pouco a ver com a entrada de recursos estrangeiros especulativo no País, que está atrás, tão somente, atrás dos juros reais dos títulos do governo da União. Os investidores especulativos ou os agiotas internacionais, estão como abutres atrás de juros reais altos. Nenhum investidor vem trazer dinheiro ao Brasil pelo amor ou simpatia pelo País. 

O resumo da ópera: Os "rombos" (déficits primários) dos governos, quer seja da ex-presidente Dilma ou do presidente Temer, quem paga é o povo brasileiro. Mais uma vez, já pela enésima vez, que o custo dos "ajustes" caem nas costas do povo. Por isso, considero, a aprovação do rombo de R$ 170 bilhões pelo Congresso Nacional como vitória do Pirro. 

Com a ousadia e imodéstia da minha parte, apresento o e-book com a alternativa de matriz econômica, que mexe com "establishment" brasileiro, com o objetivo de colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento sustentável, que atenda a demanda e necessidade da população brasileira.

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Ossami Sakamori












5 comentários:

Unknown disse...

Lula/Dilma/PT&Cia deixam um legado MONSTRUOSO para a sociedade que realmente trabalha e produz PAGUE. É inevitável dizer que Temer busca uma saída em que seu nome se proteja e o sistema não se rompa.
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O problema é que existe uma CONSPIRAÇÃO de interesses onde quem tem meios de se proteger o faz sem levar em conta a banda baixa que depende de salários que são sempre aviltados, do alto desemprego, da INFLAÇÃO que um dia já esteve sobre controle.
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Nossos políticos em geral estão todos protegidos sejam em termos financeiros ou judiciais, pois tudo o que de errado foi e é feito não lhes caem nas costas.
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Toda a preocupação esta em se reelegerem e a manterem vivos seus 35 partidos. A sociedade chamada de baixa renda que os sustentam no poder através de seus votos em discursos e propagandas mais uma vez será sacrficada.
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A pergunta que faço é a seguinte:
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Não aprendemos?

daniel camilo disse...

Meu avô já dizia: Quem nasceu para puxar carroça nunca será carroceiro. O povo brasileiro desde sempre foi induzido pela classe política a não questionar a Política. É só confiar em seus representantes que eles farão "milagres". Dessa forma, entra década e sai década o povo sempre come nas mãos desses pseudos políticos.
Deixamos passar nessas manifestações de rua a oportunidade de mudar a estrutura política no nosso País. O PMDB é tão corrupto quanto ao PT e outros Partidos. Trocamos seis por meia dúzia.

Eli Reis disse...

Prezado Sakamori:

Compartilho com seu pensamento em relação às ações e providências de Temer e seu ministro Meirelles.

Mais uma vez os brasileiros que pensam e os que não, mas votam, vamos "abraçar" as consequências da tentativa governamental de colocar a nossa economia nos trilhos.

Mas, pergunto:

1. Tínhamos outra alternativa?

2. Qual o meio de termos outros investimentos imediatos além destes especulativos?

3. Estes especulativos, a médio prazo não incentivam investidores efetivos, não apenas estes de curto e curtíssimo prazos?

Bem, ainda não li seu e-book, se o ler talvez não o pergunte mais isso.

Abração ...

Eli Reis disse...

Prezado Sakamori:

Compartilho com seu pensamento em relação às ações e providências de Temer e seu ministro Meirelles.

Mais uma vez os brasileiros que pensam e os que não, mas votam, vamos "abraçar" as consequências da tentativa governamental de colocar a nossa economia nos trilhos.

Mas, pergunto:

1. Tínhamos outra alternativa?

2. Qual o meio de termos outros investimentos imediatos além destes especulativos?

3. Estes especulativos, a médio prazo não incentivam investidores efetivos, não apenas estes de curto e curtíssimo prazos?

Bem, ainda não li seu e-book, se o ler talvez não o pergunte mais isso.

Abração ...

Anônimo disse...

SERÁ QUE O PEDRO CORRÊA PODERIA ESCLARECER A QUESTÃO DO BANCO COM O SENADOR, ESPECIALMENTE NO QUE SE REFERE AO FUNDO DE PENSÃO?