quarta-feira, 12 de julho de 2023

Somos os peões do xadrez político.

Quando as coisas andam quietas, é porque as situações não andam boas.  É o que está acontecendo na economia global, à espera de alguma notícia boa que dê alento à economia global e ao  mercado financeiro internacional, que está atravessando um período de baixo crescimento e disparada de inflação nos países do primeiro mundo.  

        A Secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janete Yallen, disse, após visita à China e manter encontro com o Primeiro ministro da China, Li Qiang, de que os Estados Unidos deverão entrar em recessão, após período de expansão da economia nos últimos anos, sobretudo com os gastos em infraestrutura do presidente Biden, no montante de US$ 1,9 trilhões ou equivalente nesta data, em moeda brasileira, a cerca de R$ 9,3 trilhões, equivalente ao equivalente ao PIB do Brasil. 

        Os Estados Unidos tentam conter a inflação ao entorno de 5% ao ano, com a taxa básica de juros, equivalente à taxa básica de juros Selic do Brasil, de 5% a 5,25%, sendo que a inflação e a taxa básica de juros, históricos, era de 0,25% a 0,5% até a chegada do Biden, democrata.  

         Enquanto no Brasil, o Banco Central pratica a taxa básica de juros de 13,75% ao ano, para inflação dos últimos  12 meses, o IPCA, de 3,40%, número de dar inveja à Janete Yallen.  

      Agora, vamos  à análise da economia brasileira, o que interessa a todos nós.  Com a "política monetária" consistente, o Banco Central pratica a taxa básica de juros Selic, a mais alta do mundo, para manter controlado a inflação, apesar do "déficit primário" ou o "rombo fiscal" previsto, ao redor de R$ 100 bilhões, já considerado o embolso dos recursos depositados no Carf  ao redor de R$ 50 bilhões, no ano de 2023. 

       Tanto aqui no Brasil ou em maior parte do mundo ocidental, a política fiscal, que engloba despesas do Governo federal, incluído Previdência Social, são de responsabilidade do Executivo, enquanto a política monetária que o controle da inflação, via liquidez monetária é do Banco Central, independente.  Digamos que o Executivo é o acelerador e o Banco Central é o freio, cada função comandada por pessoas e interesses distintos.   No caso do Brasil, o Presidente Lula quer gastar mais que pode e o Campos Neto quer segurar a inflação no patamar do "primeiro mundo", mesmo que tenha que praticar a taxa de juros reais da dívida do Tesouro Nacional, a mais alta do mundo global.

    O equilíbrio entre receitas e despesas seria de encargo do Ministério do Planejamento, sob comando da ministra Simone Tebet, que diz não entender nem as contas do "condomínio" do "prédio" que ela mora em Campo Grande, segundo ela própria.  

         Felizmente, até este momento, a economia do País é guiado ou deveria ser guiado pelos princípios capitalistas, onde o Governo federal, dita as regras, mas não se mete na economia.   O temor do setor produtivo brasileiro é que o sistema do governo se torne "socialista", onde o Estado se mete em tudo, provocando distorções enormes na economia, provocando um "falso" bem estar social. 

          Enquanto isto, o povo é tratado como um marionete, que só é chamado a "pagar as contas" do setor público.  Grosso modo, 50% do que você paga, vai para o Governo, portanto, eu e você, somos os verdadeiros otários do "jogo político" ou somos "peões", que são usados para serem sacrificados para salvar a "rainha" e o "rei".   

          Ossami Sakamori


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