segunda-feira, 10 de julho de 2023

Apertar os cintos é a recomendação!

 

Desde cerca de duas semanas, venho percebendo que o mercado financeiro global vem mostrando sinais de fraco desempenho, após algumas tentativas de "reação" após crise da pandemia e do "bloqueio" econômico imposto pelo Ocidente à Rússia devido ao conflito entre aquele país com a Ucrânia.  Para quem não se lembra, a Rússia e os oligarcas do país estão impedidos de fazer transações internacionais de divisas  pelo sistema Swift.

        O conflito Ucrânia x Rússia, ao que parece, está longe de terminar, sobretudo pelo alijamento da Rússia ao sistema de compensação financeira com os países do ocidente.   A Rússia só não quebrou porque houve socorro da China, Índia e mais recente socorro prestado pela Arábia Saudita à Rússia dentro do âmbito do OPEC.  

          No contesto global, os Estados Unidos estão com inflação alta, ao redor de 5%, sobretudo após a injeção do espantoso US$ 1,9 trilhão à economia americana pelo presidente Biden, democrata, para contrapor ao seu opositor, o republicano, Donald Trump.   Inflação em alta, obriga o FED, o Banco Central americano, a praticar taxa básica de juros ao nível de 5%, a mais alta dos tempos recenes.  Como os Estados Unidos representa cerca de 25% da economia global, a inflação e a taxa básica de juros acabam disseminando ao mundo global, inclusive ao Brasil.  A alta taxa Selic do País tem tudo a ver com a conjuntura econômica global.  

         Os Bancos Centrais da região de Euro e do Reino Unido, acompanham a prática de juros altos na tentativa de conter a inflação, grande parte importada dos Estados Unidos e ainda para conter a carestia devido ao corte de fornecimento de carvão, gás e petróleo pela Rússia.  O bloqueio econômico imposto à Rússia pelo Ocidente, os efeitos acabaram retornando à sua origem, num verdadeiro "bumerangue".   A União Europeia e Reino Unido vivem, atualmente, a situação de "estagflação" ou estagnação acompanhada de inflação.  O Brasil, apesar de todo esforço, não é a "ilha da fantasia".  O País depende das divisas proveniente do comércio com o Oriente, incluído Rússia.  Os países do Oriente, sobretudo a China e Rússia, dependem de exportações ao Primeiro mundo, os Estados Unidos e a União Europeia.  Nem é preciso comentar, que a  economia da China,  que depende do comércio com o Ocidente, "cresce menos" do que os longos anos de expansão econômica.  

           Dentro deste contexto global, o Brasil quer se impor como líder do bloco América Latina, num esforço do Governo Lula, em trazer para o bloco, as economias em decadência como a da Venezuela e da Nicarágua.  Sob ponto de vista da economia global, estamos mais para a China do que aos Estados Unidos.   O resultado desta opção "pró oriente", ainda é duvidosa, sobretudo em função da nova paridade de moeda que utilizam mais "yuan" do que o "dólar".  Só trocamos de parceiros opressores.  

         Apesar de otimismo dos políticos pela aprovação pela Câmara dos Deputados da "reforma tributária", a conjuntura econômica global apontam para situação de "estagflação", vejo muita dificuldade, ainda, para ser enfrentada ao Brasil.  

      Apertar os cintos é a minha recomendação de hoje.  Nada de euforia, no mundo que se apresenta muita dificuldade. 

       PS: A economia global muda a cada instante. A Rússia junto com a China, Índia, Brasil e África do Sul, estão formando bloco econômico, que é a porta de entrada à comunidade econômica global.  Putin não esteve tão forte como nunca, no meu ponto de vista.  

           Ossami Sakamori  

  

2 comentários:

Anônimo disse...

Você disse em seus blogs passados que a Rússia ia dar a volta por cima , agora diz que depende da China. Vai entender….

Anônimo disse...

Qual a sua previsão para crescimento do PIB brasileiro em 23 e 24?