sexta-feira, 28 de julho de 2023

Pelo menos a inflação está sob controle!

 

Apesar de tudo, com o "rombo fiscal" ou  o "déficit primário" do País, entre R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões, o "dinheiro que falta" para cobrir as despesas do Governo federal e da Previdência Social, o IPCA, está, aparentemente, sob domínio, no nível abaixo de 4% ao ano, graças à política monetária "exageradamente" conservadora.

          Na economia global, os índices econômicos obedecem à conjuntura econômica global.  Os Estados Unidos, com cerca de 25% do PIB mundial, vive momento de inflação ao redor de 5% ao ano e economia em pleno emprego.  O FED, o Banco Central americano, fez aumento de 0,25% nos juros dos títulos do Tesouro, variando a taxa básica de juros, de 5,25% a 5,50%, com viés de alta, na tentava de conter a inflação.  

          Na região de abrangência do "Euro", os países componentes, lutam para conseguir, pelo menos, a manutenção do PIB, num ambiente de inflação de 4% a 6% ao ano.   A Rússia, por outro lado, se encontra na situação de bloqueio econômico pela União Europeia e Estados Unidos, desde fevereiro de 2022, com impedimento da compensação financeira via SWIFT.   A segunda economia do mundo, que é a China, está balizando um crescimento econômico ao redor de 5%, abaixo da média do "boom" econômico daquele país.  Com economia em baixo crescimento, as exportações brasileiras, baseados em commodities, são "subvalorizados".  Refiro-me ao minério de ferro e produtos agropecuários, em especial.  

             Dentro deste contexto global, o Governo federal, não consegue pagar as suas contas, incluído as da Previdência Social, criando o pernicioso "déficit primário", necessitando de empréstimos junto ao mercado financeiro especulativo.   A "âncora fiscal", que é denominação da "política fiscal", com déficit primário ou o rombo fiscal, cuja previsão para 2023, está em "rombo" de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões.  A arrecadação do Governo federal, embora, com carga tributária elevada, ainda assim, é insuficiente para cobrir as despesas correntes, sem mesmo considerar os serviços da dívida pública.   

         Brasil vive uma verdadeira "ciranda financeira" que atrai capital estrangeiro especulativo, com a taxa básica de juros Selic, a mais alta do mundo.  O Banco Central do Brasil reluta em baixar a taxa básica de juros Selic, em razão, sobretudo, do "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal.   Com a inflação sob relativo controle, abaixo de 5% e a taxa básica de juros Selic em vigor de 13,75%, vejo que "há margem" para promover baixa para, para, no final do ano, terminar com a taxa Selic em 9,25%, acompanhando a taxa básica de juros de maiores economias do mundo.   O resultado, pelo visto, não será como a macroeconomia permite e continuará levando em conta a "irresponsabilidade fiscal" do Governo Lula.

          As previsões sobre a taxa básica de juros Selic, aqui comentado, não são do mercado financeiro global e nem tão pouco do corpo técnico do Banco Central.  O mercado financeiro global tem "visão" que os analistas de plantões, como este que comenta, não tem alcance.  

      Enquanto isto, na minha visão, o capital estrangeiro especulativo, os verdadeiros agiotas internacionais, vem obtendo lucros fabulosos aplicando em títulos do Tesouro Nacional, num verdadeiro "over night", com garantia da "Reserva cambial" robusta.  Ainda assim, o  País se encontra na situação de "estagnação". Pelo menos, a inflação está sob controle!

           Ossami Sakamori   

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