terça-feira, 4 de julho de 2023

Brasil é país do "terceiro mundo"

 

A última notícia é de que a OPEC, organização dos maiores produtores de petróleo do mundo, vai se reunir amanhã, com o propósito de reduzir a oferta de petróleo no mercado global, com o propósito de forçar a alta do produto no mercado global.  Atualmente, o preço do petróleo do tipo Brent, a mais leve, está sendo negociado ao entorno de US$ 75 cada barril.   Imagina-se que os produtores de petróleo queiram puxar o barril do petróleo ao nível de US$ 85 ou mais cada barril, o que seria o preço médio de antes da crise econômica global, marcado com a inflação americana e o bloqueio econômico da Rússia devido ao conflito com a Ucrânia.  

          O anúncio vem no meio em que a economia global, os Estados Unidos e União Europeia, sobretudos, estarem vivendo o fenômeno de "estagflação", ou seja "estagnação" somado à "inflação".   Como vocês sabem, a economia é globalizado, sendo assim, a economia da China, o segundo PIB do mundo, importa muito, também.   Como os principais clientes da China são os Estados Unidos e países da União Europeia, o país paga o preço da "estagflação" do mundo ocidental.   Desta forma, a grande "meleca" já está feita.

         Dentro deste contexto, o Brasil, infelizmente, "não corre por fora".  O Brasil está dentro do contexto global, somado à mudança de administração do Governo federal, "perdulário", "sem noção", do contexto global, que se aventura em "gastar mais do que pode", causando o déficit primário ou o "rombo fiscal", prejudicial e pernicioso a uma qualquer administração pública.   Mas, enfim, a situação do País está dentro do contexto global.

           No tocante à alta do petróleo no mercado global, o Brasil vive uma situação inusitada.  As refinarias do País "não processam" o nosso petróleo, o do tipo TWI, que é extraído do pré-sal.  A Petrobras é obrigado a fazer o "passeio" do petróleo, exportando o petróleo pesado, TWI e importando o petróleo leve, o do tipo Brent, para processar nas suas refinarias.  

        Para melhor entender, o OPEC é clube de "compadres".  Sendo assim, a Arábia Saudita que tem maior reserva de petróleo do mundo, compra da Rússia o petróleo para o consumo próprio e exporta o seu petróleo do tipo Brent ao mundo.  Dentro deste contexto, a Petrobras é uma anã do mundo, o "patinho feio", no meio dos ávidos "gaviões", produtores de petróleo, dependente do petróleo Brent da Arábia Saudita e dos países membros do OPEC.  

          Pode ser, é uma possibilidade, de que a OPEC decida não aumentar o preço do petróleo devido a conjuntura de "estagflação" do mundo e do "fraco" desempenho da economia chinesa.  Por enquanto é uma hipótese provável.

         Dentro deste contexto global, de incerteza, o Presidente Lula se engalfinha com o Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre "política monetária", fora da sua alçada, com ou sem razão.  Assim, chego a conclusão de que o Brasil merece o título de "terceiro mundo", com todas letras.  

           Ossami Sakamori    

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