O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet comemoram, efusivamente, a classificação de risco da agência Fitch, que elevou a nota de crédito do Brasil, em decisão anunciada nessa quarta-feira. A classificação subiu de "BB-" para "BB". O Tesouro Nacional afirmou em nota, do seu ponto de vista, de que a decisão da agência corrobora os esforços feitos pelo Governo federal com os esforços empreendidos pelo ministério da Fazenda em promover a consolidação fiscal. Ignora, o esforço feito pelo Banco Central para o controle da inflação nos níveis de primeiro mundo.
A declaração do ministro da Fazenda, tem razão em parte e em outra parte "rouba" para si o "mérito" de ter chegado à melhora na classificação do risco Brasil, da Fitch. A agência de classificação de risco poderia ter colocado o Brasil num patamar melhor, se a política fiscal, denominado de "arcabouço fiscal" apresentasse sem o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" do Governo federal, na sua "política fiscal". No mercado financeiro global, o "déficit primário" ou o "rombo fiscal", cerca de R$ 100 bilhões ou R$ 150 bilhões, é uma demonstração de uma "política fiscal" equivocada. Para melhor entender, o "déficit primário" é o dinheiro que falta para para pagamento de despesas discricionárias do Governo federal, incluído Previdência Social.
No meu entender, a melhora na classificação de riscos da agência Fitch se deve ao relativo controle da inflação, devido à "política monetária" do Banco Central, que está trazendo a inflação ao patamar de 3,16% nos últimos 12 meses, terminado em junho. O índice de inflação é menor desde a crise econômica/financeira de 2014/2015.
Veja onde se situa o Brasil no gráfico abaixo.
Conclui-se que a política monetária do Banco Central, sob ponto de vista da agência Fitch, está na direção certa, faltando ao Ministério da Fazenda, executar a "política fiscal" que gere "superávit fiscal" ao invés de "déficit fiscal" no Orçamento fiscal do Governo federal, incluído Previdência Social.
O "grau de investimentos" que os investidores produtivos esperam do Brasil, ao invés de investidores especulativos que vem buscar apenas os lucros rápidos, em "over night" ou o "dinheiro do motel", uma vez que o Governo Lula não tem apresentado, até este momento, a sua "política econômica" de longo prazo. Por enquanto, só vejo muito "blá-blá-blá" da equipe econômica, infelizmente.
Ossami Sakamori
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