quinta-feira, 27 de julho de 2023

Comemorar o que da classificação do Fitch ?

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet comemoram, efusivamente, a classificação de risco da agência Fitch, que elevou a nota de crédito do Brasil, em decisão anunciada nessa quarta-feira.   A classificação subiu de "BB-" para "BB".  O Tesouro Nacional afirmou em nota, do seu ponto de vista, de que a decisão da agência corrobora os esforços feitos pelo Governo federal com os esforços empreendidos pelo ministério da Fazenda em promover a consolidação fiscal.   Ignora, o esforço feito pelo Banco Central para o controle da inflação nos níveis de primeiro mundo.

    A declaração do ministro da Fazenda, tem razão em parte e em outra parte "rouba" para si o "mérito" de ter chegado à melhora na classificação do risco Brasil, da Fitch.  A agência de classificação de risco poderia ter colocado o Brasil num patamar melhor, se a política fiscal, denominado de "arcabouço fiscal" apresentasse sem o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" do Governo federal, na sua "política fiscal".  No mercado financeiro global, o "déficit primário" ou o "rombo fiscal", cerca de R$ 100 bilhões ou R$ 150 bilhões, é uma demonstração de uma "política fiscal" equivocada.   Para melhor entender, o "déficit primário" é o dinheiro que falta para para pagamento de despesas discricionárias do Governo federal, incluído Previdência Social.  

         No meu entender, a melhora na classificação de riscos da agência Fitch se deve ao relativo controle da inflação, devido à "política monetária" do Banco Central, que está trazendo a inflação ao patamar de 3,16% nos últimos 12 meses, terminado em junho.   O índice de inflação é menor desde a crise econômica/financeira de 2014/2015.  

         Veja onde se situa o Brasil no gráfico abaixo.


         Como podem ver no gráfico acima, a classificação comemorada pela equipe econômica, apesar da melhora, o grau é de "elevada expectativa de inadimplência".  Ainda há muito chão para percorrer para alcançar o grau de "baixa expectativa de risco de inadimplência", as notas A, cujo gráfico mostra a classificação de risco da uma cooperativa de crédito, a Sicoob, por exemplo.  

       Conclui-se que a política monetária do Banco Central, sob ponto de vista da agência Fitch, está na direção certa, faltando ao Ministério da Fazenda, executar a "política fiscal" que gere "superávit fiscal" ao invés de "déficit fiscal" no Orçamento fiscal do Governo federal, incluído Previdência Social. 

          O "grau de investimentos" que os investidores produtivos esperam do Brasil, ao invés de investidores especulativos que vem buscar apenas os lucros rápidos, em "over night" ou o "dinheiro do motel", uma vez que o Governo Lula não tem apresentado, até este momento, a sua "política econômica" de longo prazo.   Por enquanto, só vejo muito "blá-blá-blá" da equipe econômica, infelizmente.   

           Ossami Sakamori        

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