sexta-feira, 21 de julho de 2023

Haddad fala em PIB de 2,5%

 

A grande imprensa noticia que o Ministério da Fazenda decidiu rever a estimativa de crescimento econômico do País, de 2023, de 1,9% para 2,5%, já contando com a aprovação do "arcabouço fiscal" pelo Congresso Nacional, a nova denominação para a velha "política fiscal".   

        Não vejo nenhuma razão concreta para fazer previsão mais otimista do que a previsão anterior, sem tomar nenhuma medida concreta na "política econômica", que, no meu entender, simplesmente inexiste no Governo Lula, já avançando ao ano fiscal deste ano para o segundo semestre. 

          Literalmente, nada foi feito ou decidido em matéria de "política econômica" pelo Governo Lula, até este momento, senão muita "falação".   O "arcabouço fiscal" que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se refere é a "política fiscal" de 2023, que ainda carece de aprovação final do Congresso Nacional.

        A nova denominação para o problema antigo, a "política fiscal", que ganhou uma nova denominação de "arcabouço fiscal", nada mais são do que os gastos do Governo federal para manutenção da "máquina pública", composto de educação, saúde e segurança pública, incluída os gastos com a Previdência Social.   O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê terminar o ano fiscal de 2023, com o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" ao entorno de R$ 100 bilhões, considerando a arrecadação extra ao redor de R$ 50 bilhões, referente aos depósitos no âmbito do Carf, é temerário fazer qualquer projeção otimista sobre o cenário econômico do País.

         O ambiente econômico para investimentos produtivos no País, ainda carece de definição da reforma tributária, em análise no Senado Federal, cuja promessa é retorno para revisão na Câmara dos Deputados no final de outubro.   A LDO - Lei de Diretrizes Orçamentários para 2024, que deveria ser aprovada no mês de junho, ainda está para ser apresentado, analisado e emendado pelo Congresso Nacional.  A LDO de 2024, só vira Lei Orçamentária no mês de dezembro.

          Sem nenhuma definição, sobre a política fiscal, denominado de pomposo nome de "arcabouço fiscal", do ano corrente, o de 2023, além do LDO de 2024, é temerário afirmar que a projeção de crescimento econômico do ano corrente, 2023, será revisado de 1,9% para 2,5%.   No meu ponto de vista, uma nova previsão de crescimento econômico do País, que dependente muito da política monetária do Banco Central, é de total descabimento, sobretudo considerando o cenário econômico global com total indefinição.  

          Ossami Sakamori    


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