segunda-feira, 1 de junho de 2020

"Centrão" é o novo aliado do Presidente Bolsonaro.


Segundo a grande imprensa, o presidente Bolsonaro vai entregar o comando do Banco do Nordeste para o "Centrão", comandada pelo Valdemar Costa Neto (foto do topo), ex-deputado e presidente do Partido Liberal (PL), como parte do acordo de apoio no Congresso Nacional ao Presidente da República, para livrar-se de um eventual processo de "impeachment".  O processo ocorre como nos velhos tempos, mediante "toma lá, dá cá", o apoio político em troca de distribuição de cargos públicos.  

O bloco denominado "Centrão" é constituído pelos deputados do PL, PP, PSD, Solidariedade, PTB e DEM, embora o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, filiado ao DEM, esteja em rota de colisão com o Palácio do Planalto.  Na política, tudo se ajeita. O "Centrão" é constituído ao menos por 177 deputados, número mais que suficiente para impedir a maioria absoluta, necessária para abertura de um eventual processo de "impeachment".   Assim, o PR poderá focar sua bateria, agora, contra o STF, uma agenda nova, diante da abertura de processos contra ele no STF, cujos relatores são os ministros Celso de Mello e Alexandre Moraes.  

Para quem acompanha a política, informalmente, como tenho feito há mais de 5 décadas,  não há nenhuma novidade na nova postura do PR, o de aliar-se aos antigos desafetos, ou seja, os ex-aliados do ex-presidente Lula e do ex-presidente Dilma.   O fato concreto é que o "Centrão" vai administrar uma "vultosa verbas" do governo federal, motivo que outrora fora objeto de operações  Lava Jato.  Creio que o Presidente Bolsonaro foi compelido a acatar o "toma lá, dá cá", diante das investigações que correm sobre si e sobre os seus filhos. 

"Centrão" é o novo aliado do Presidente Bolsonaro.

Ossami Sakamori

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