Segundo a grande imprensa, o presidente Bolsonaro vai entregar o comando do Banco do Nordeste para o "Centrão", comandada pelo Valdemar Costa Neto (foto do topo), ex-deputado e presidente do Partido Liberal (PL), como parte do acordo de apoio no Congresso Nacional ao Presidente da República, para livrar-se de um eventual processo de "impeachment". O processo ocorre como nos velhos tempos, mediante "toma lá, dá cá", o apoio político em troca de distribuição de cargos públicos.
O bloco denominado "Centrão" é constituído pelos deputados do PL, PP, PSD, Solidariedade, PTB e DEM, embora o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, filiado ao DEM, esteja em rota de colisão com o Palácio do Planalto. Na política, tudo se ajeita. O "Centrão" é constituído ao menos por 177 deputados, número mais que suficiente para impedir a maioria absoluta, necessária para abertura de um eventual processo de "impeachment". Assim, o PR poderá focar sua bateria, agora, contra o STF, uma agenda nova, diante da abertura de processos contra ele no STF, cujos relatores são os ministros Celso de Mello e Alexandre Moraes.
Para quem acompanha a política, informalmente, como tenho feito há mais de 5 décadas, não há nenhuma novidade na nova postura do PR, o de aliar-se aos antigos desafetos, ou seja, os ex-aliados do ex-presidente Lula e do ex-presidente Dilma. O fato concreto é que o "Centrão" vai administrar uma "vultosa verbas" do governo federal, motivo que outrora fora objeto de operações Lava Jato. Creio que o Presidente Bolsonaro foi compelido a acatar o "toma lá, dá cá", diante das investigações que correm sobre si e sobre os seus filhos.
"Centrão" é o novo aliado do Presidente Bolsonaro.
Ossami Sakamori
Nenhum comentário:
Postar um comentário