Os primeiros números da "coronavírus" está aparecendo nas estatísticas. Alguns positivos (sic), segundo Banco Central e outros negativos. A concessão de crédito entre o início de março e o 22 de maio chegaram aos R$ 914 bilhões, e segundo Febraban - Federação Brasileira de Bancos, o número está dentro do que foi projetado. Ainda segundo informações da Federação, o problema de concessão reside no segmento de crédito para pequenas e médias empresas, que teve o volume de empréstimo concedido de apenas R$ 1,9 bilhão, dos R$ 40 bilhões previstos. Enquanto o volume de "renegociação" de dívidas de todos os segmentos alcançou R$ 33 bilhões. Resumindo, o Banco Central já injetou cerca de R$ 950 bilhões na economia.
Se por um lado o propósito de "regar" recursos aos empresários, sobretudo aos grandes, alcançaram os objetivos, a economia real mostra resultados preocupantes. O setor de aços que representa o termômetro do setor industrial, no mês de abril, amargou recuo na demanda em cerca de 40%, segundo a Associação que representa o setor. A preocupação do segmento de aços é tanta que foi pedido audiência para com o Presidente da República, no sentido de governo brasileiro pressionar o governo dos Estados Unidos a liberar a importação de aços brasileiros. Vamos apenas lembar que os Estados Unidos se encontram com expressivo recuo nas suas atividades econômicas, sobretudo devido ao "lockdown". Solução para o País não virá de fora.
O Boletim Focus do Banco Central divulgado no dia 25 de maio, projeta recuo do PIB de 2020 de 5,89%. Eu já disse nas matérias anteriores de que o País deverá enfrentar uma redução do PIB de 2020 ao redor de 15%. Os indicadores acima me faz crer que a minha previsão é a mais próxima da realidade. Sem que haja um "Plano de saída" suficientemente potente o Brasil não sai da situação do "enrosco" que se meteu.
Você já renegociou a sua dívida com os bancos?
Você já renegociou a sua dívida com os bancos?
Ossami Sakamori
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