Ontem, dia 15, o Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida apresentou o pedido de renúncia ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele vai ficar no cargo até dia 31 de julho, quando assumirá o mesmo posto, o economista Bruno Funchal, atual diretor de programa da Secretaria de Fazenda do mesmo Ministério da Economia. O demissionário secretário do Tesouro foi mais que “guardião” dos cofres do governo, mas fiador do processo de ajuste das contas públicas. No entanto, deixa como legado ao sucessor Bruno Funchal, a perspectiva de um "rombo fiscal" ou o "déficit primário", a maior da história do País, estimado em R$ 1 trilhão para o exercício de 2020.
Nenhum "Tesoureiro" quer carregar na sua biografia um "rombo fiscal" nunca dantes visto no País. Funcionário de carreira do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, viu pela frente uma enorme crise econômica decorrente da pandemia "coronavírus", sem ter um "Plano de saída" definido, no estágio avançado da crise econômica que se encontra. De quebra, vê o seu chefe, Paulo Guedes do Ministério da Economia, defender o "Renda Brasil", um programa assistencial que deixaria ruborizados os membros dos partidos de esquerda. Mansueto assistiu e assiste ainda, o ministro Paulo Guedes, abandonar a "economia liberal" da Chicago University e pisar fundo na "economia neoliberal" adotado pelos FHC e Lula.
Mansueto Almeida sabe, tanto quanto eu sei, que o Brasil do Paulo Guedes está sem rumo. Um nau sem timoneiro. Desde o início da pandemia "coronavírus", o Ministro da Economia tomou várias medidas de "mitigação" ou "tapa buraco" na economia, para driblar as diversas formas de "confinamentos", mas não mostrou ainda o "Plano de saída" da pandemia "coronavírus", as medidas de estímulo à economia para sair da pior depressão desde 1929. Sem um "Plano de saída", o povo brasileiro vai ver a economia do País "encolher" em cerca de 8% na conta do FMI ou 15% na minha conta em 2020.
A saída do Mansueto Almeida da Secretaria de Tesouro Nacional, pode considerar como "sinal de alerta" importante para os investidores e os pequenos empreendedores. Nem mesmo a taxa básica de juros Selic, previsto em 2,25%, na reunião de amanhã, será suficiente para animar os investidores diretos e do mercado de capitais.
Com toda sinceridade, digo: Salva-se quem puder!.
Ossami Sakamori
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