O presidente do grupo Fiat Chrysler (FCA) para Brasil e America Latina, o italiano Antonio Filosa, recém transferido do comando da Fiat na Argentina, anunciou a retomada da produção das unidades no Brasil, em 50%, após a paralisação devido a pandemia "coronavírus". Antes, a Mercedes Benz do Brasil tinha anunciado a manutenção de produção de suas fábricas, também, em 50%. Ao que parece, o setor automobilístico está se movendo na mesma direção. Menos pior para o Brasil.
Segundo a entrevista que eu assisti na CNN Brasil, Antonio Filosa, vai manter a retomada da produção mesmo sem ter certeza da retomada da demanda nos níveis históricos. Sem dizer explicitamente, o presidente da Fiat Chrysler queixa-se da falta de um "Plano de saída" da paralisação da economia devido a "coronavírus". Ele e outros capitães das indústrias concordam com o meu pensamento de que não há "Plano de saída" para a grave crise econômica que se abateu no País.
Pelo sim, pelo não, a indústria automobilística representa cerca de 20% do todo setor industrial. As montadoras e fornecedoras de peças tem sido "motores" da economia brasileira como um todo, daí a importância de saber como anda o setor. Conforme depoimento, por falta da clareza de política econômica para enfrentar a depressão econômica, um "Plano de saída", a empresa italiana liga o motor da sua produção no "compasso de espera".
O ministro da Economia, Paulo Guedes, parece ter perdido o ímpeto de "abrir a economia", como era a sua intenção de implantar a economia ao estilo do professor Milton Friedman da Universidade de Chicago. A pandemia "coronavírus", parece ter atacado o Paulo Guedes. Guedes defende hoje a teoria "neoliberal" do John Keynes. Paulo Guedes, parece não estar preocupado com a retomada da economia via setor produtivo, mas via programas de proteção social, com a sua nova invenção, a Rede Brasil, que vai deixar de "inveja" aos governos do pretérito passado.
De qualquer forma, há uma luz no final do túnel.
Ossami Sakamori
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