O presidente da República, Jair Bolsonaro, nunca esteve numa situação tão delicada, em termo de apoio popular, como se encontra hoje. O seu jeito singular de verbalizar o seu pensamento, sem nenhuma preocupação com as consequências, tem sido o motivo principal para colocá-lo no pior nível de apoio popular, nesse período inicial do exercício frente ao cargo máximo da República. Há um clima de "terrorismo" contra as pessoas que pensam e agem de forma diversa ao do presidente da República. As pessoas tem "medo" de verbalizar as suas opiniões.
O presidente da República parece não ter conta de que governar o País com 210 milhões de habitantes, com diversidade ética, sócio-cultural e condições econômicas tão desiguais, não é como fazer política para os eleitores do seu "quintal" político, a cidade do Rio de Janeiro e nem tão pouco o Brasil é composto apenas de "seus apoiadores", do seu "cercadinho" sócio, cultural, religioso e ideológico. O Brasil não é composto apenas de "evangélicos", "caminhoneiros", "ruralistas", "militantes da direita radical" e de "generais reformados". O Brasil é muito maior do que possam imaginar os políticos de plantões.
Da maneira como se comporta o presidente da República, dá-se a impressão de que o presidente da República governa apenas para os segmentos da população preferenciais. De acordo com as pesquisas realizadas pelos diversos institutos de pesquisa, esses segmentos representam cerca de 35% da população. O presidente Bolsonaro ao dirigir-se tão somente aos eleitores do seu "cercadinho", coloca o restante da população, os 65%, na "oposição" ao seu governo. Quero lembrar apenas, que o presidente Bolsonaro, no dia 1º de janeiro de 2019, prometeu governar para "todos brasileiros", o que não vem sendo cumprido com a devida acuidade.
Não, não tem importância, que os seguidores do "cercadinho" quiserem me colocar como "inimigo" do presidente da República. O importante é que, os "asseclas" do presidente da República saibam que o Brasil não é composto apenas de "evangélicos", de "direita", de "ruralistas", de "caminhoneiros", de "militares" e de militantes da "direita". O Brasil é dos pobres e ricos. O Brasil é dos evangélicos, dos católicos, dos que praticam crenças afro-brasileiros e de todas outras crenças religiosas. O Brasil é dos militares e dos civis, sem colocar em "pedestal" determinadas "castas" de brasileiros.
O "cercadinho" do presidente da República, enfim, só tem "divido" o País. O Brasil deveria ser de todos nós!
Ossami Sakamori
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