terça-feira, 9 de junho de 2020

Presidente Bolsonaro e o Bolsa Cidadão



O presidente da República Jair Bolsonaro tem tratado o assunto da pandemia "coronavírus" com um certo desdém, incompatível com o cargo máximo da República.  Insistentemente, o PR tem-se manifestado que as medidas de "isolamento social" são de exclusiva responsabilidade dos prefeitos e governadores.  De fato, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os governadores e prefeitos são responsáveis pela política sanitária, incluído o "isolamento social".  No entanto, isto não isenta, presidente da República da responsabilidade pela saúde pública da população brasileira, através do "Sistema Único de Saúde - SUS" de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Até entendo a preocupação do presidente PR sobre o efeito da "coronavírus" na economia do País.  A retração econômica devido a pandemia "coronavírus" é um fenômeno que assola todo mundo e sobretudo em economias do primeiro mundo.  O PR tem, insistentemente, dito que o problema do desemprego causado pela "coronavírus" não é "culpa" dele, mas de governadores e de prefeitos.  Para vocês entenderem, o PR quis impor a sua vontade de fazer "isolamento vertical" ou isolamento somente da população de alto risco como pessoas idosas, acima de 65 anos e população com doenças pré-existentes.  

Na cabeça do presidente da República,  todos problemas decorrentes da "coronavírus" é de responsabilidade dos governadores, não importando que o Sistema Único de Saúde Pública é de responsabilidade do Ministério da Saúde do governo federal, responsável pela gestão de verbas nada desprezíveis.  O governo federal, ao contrário dos governos estaduais e municipais, tem o "poder" de emitir "títulos da dívida pública" para "financiar" o custo extraordinário devido a "coronavírus".   O PR, até conseguiu no Congresso, o "Orçamento de Guerra" que é apartado do Orçamento ordinário da União, especificamente, para enfrenamento da pandemia "coronavírus". O dinheiro o PR tem "sem limite".  O governo do presidente Bolsonaro já tem como primeira estimativa um "déficit primário" adicional entre R$ 350 bilhões a R$ 500 bilhões.  Sabe lá em que número vai terminar o "déficit primário" de 2020.  

É certo que é de responsabilidade do Ministério da Saúde, o gerenciamento da pandemia "coronavírus", devido a extensão do problema que saltam a olhos de qualquer cidadão leigo.  Até ontem, as vítimas fatais devido a "coronavírus", em todo o Brasil, estava em 37.500 mortos.   Quanto ao número de trabalhadores informais, cerca de 40 milhões, não apareceu do "nada" e nem devido a "coronavírus".  Iludem-se os presidentes da República de "plantões", de hoje e de ontem, que o número de "desempregados" do IBGE excluem: os desalentados, os nem-nem e os sub-empregados (trabalhadores informais).  Esse contingente de trabalhadores foram tirados do "armário" pela equipe Econômica, como se do nada aparecesse nas estatísticas.  

A última notícias é de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende lançar o "Bolsa Cidadão" que vai substituir o "Bolsa Família", incluindo os atuais beneficiários do Bolsa Família a um "novo contingente" de beneficiários, ainda sem "pré-requisitos" para inclusão na no novo "Bolsa Cidadão".  A ideia central é de que o novo "colchão" social tenha paternidade do presidente Bolsonaro.

Cada presidente da República, quer deixar a sua própria marca, ou seja, ser "pai de qualquer coisa".  Cada um quer criar o seu próprio "cercadinho". 

Ossami Sakamori


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