O presidente da República Jair Bolsonaro tem tratado o assunto da pandemia "coronavírus" com um certo desdém, incompatível com o cargo máximo da República. Insistentemente, o PR tem-se manifestado que as medidas de "isolamento social" são de exclusiva responsabilidade dos prefeitos e governadores. De fato, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os governadores e prefeitos são responsáveis pela política sanitária, incluído o "isolamento social". No entanto, isto não isenta, presidente da República da responsabilidade pela saúde pública da população brasileira, através do "Sistema Único de Saúde - SUS" de responsabilidade do Ministério da Saúde.
Até entendo a preocupação do presidente PR sobre o efeito da "coronavírus" na economia do País. A retração econômica devido a pandemia "coronavírus" é um fenômeno que assola todo mundo e sobretudo em economias do primeiro mundo. O PR tem, insistentemente, dito que o problema do desemprego causado pela "coronavírus" não é "culpa" dele, mas de governadores e de prefeitos. Para vocês entenderem, o PR quis impor a sua vontade de fazer "isolamento vertical" ou isolamento somente da população de alto risco como pessoas idosas, acima de 65 anos e população com doenças pré-existentes.
Na cabeça do presidente da República, todos problemas decorrentes da "coronavírus" é de responsabilidade dos governadores, não importando que o Sistema Único de Saúde Pública é de responsabilidade do Ministério da Saúde do governo federal, responsável pela gestão de verbas nada desprezíveis. O governo federal, ao contrário dos governos estaduais e municipais, tem o "poder" de emitir "títulos da dívida pública" para "financiar" o custo extraordinário devido a "coronavírus". O PR, até conseguiu no Congresso, o "Orçamento de Guerra" que é apartado do Orçamento ordinário da União, especificamente, para enfrenamento da pandemia "coronavírus". O dinheiro o PR tem "sem limite". O governo do presidente Bolsonaro já tem como primeira estimativa um "déficit primário" adicional entre R$ 350 bilhões a R$ 500 bilhões. Sabe lá em que número vai terminar o "déficit primário" de 2020.
É certo que é de responsabilidade do Ministério da Saúde, o gerenciamento da pandemia "coronavírus", devido a extensão do problema que saltam a olhos de qualquer cidadão leigo. Até ontem, as vítimas fatais devido a "coronavírus", em todo o Brasil, estava em 37.500 mortos. Quanto ao número de trabalhadores informais, cerca de 40 milhões, não apareceu do "nada" e nem devido a "coronavírus". Iludem-se os presidentes da República de "plantões", de hoje e de ontem, que o número de "desempregados" do IBGE excluem: os desalentados, os nem-nem e os sub-empregados (trabalhadores informais). Esse contingente de trabalhadores foram tirados do "armário" pela equipe Econômica, como se do nada aparecesse nas estatísticas.
A última notícias é de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende lançar o "Bolsa Cidadão" que vai substituir o "Bolsa Família", incluindo os atuais beneficiários do Bolsa Família a um "novo contingente" de beneficiários, ainda sem "pré-requisitos" para inclusão na no novo "Bolsa Cidadão". A ideia central é de que o novo "colchão" social tenha paternidade do presidente Bolsonaro.
Cada presidente da República, quer deixar a sua própria marca, ou seja, ser "pai de qualquer coisa". Cada um quer criar o seu próprio "cercadinho".
Ossami Sakamori
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