Crédito da imagem: Bloomberg
Ontem, dia 3, o IBGE divulgou a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, que mostra o impacto das medidas de isolamento social devido a "coronavírus". A produção da indústria nacional caiu 18,8%, em média, no mês de abril em comparação ao mês anterior. Ante o mês de abril de 2019, a produção industrial brasileira diminuiu 27,2%, a maior queda da série histórica da pesquisa.
Acima, o gráfico de queda da atividade industrial por setor. Os únicos setores que apresentaram desempenho positivo foram os setores farmaceuticos, de alimentos e de produtos de limpeza, como era de se esperar. O setor mais afetado foi a indústria de veículos automotores, com queda de 88,5% no mês de abril em relação ao mesmo mês de 2019. Vamos lembar que a indústria automobilística sempre foi o "carro chefe" para puxar a economia no País. Por outro lado, pelos dados do IBGE, mostra que a indústria automobilística é que puxa para baixo a produção industrial, ao primeiro sinal de crise econômica.
Apesar do setor industrial ter pedido participação na formação do PIB no Brasil, hoje, ao redor de 12%, é o setor que oferece maior número de empregos formais, os com carteira assinada. Os últimos dados mostram que o número de trabalhadores com carteira assinada no País, está ao redor de 33 milhões, número pífio se considerar 105 milhões de número de pessoas que compõe a força de trabalho no Brasil.
O governo federal, através do Ministério da Economia, deverá elaborar o "Plano de Saída", além dos auxílios de emergência para trabalhadores informais, subsídios de toda ordem para as empresas pequenas às grandes e transferência de recursos para estados e municípios. Não há, até o momento, um "Plano de Saída" para pior depressão da economia, desde 1929.
A produção industrial levou tombo de 27,2% no mês de abril.
Ossami Sakamori
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