sábado, 4 de junho de 2016

Quem se interessa pelos 34 milhões de desocupados?

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

Afinal, qual é o número de desempregados no País? Pelo IBGE, os desempregados são trabalhadores que "procuram" o emprego. Não contam do número de desempregados, para o IBGE, os que foram desligados da empresa há menos de 30 dias, os desalentados. Não conta, também, os desempregados que estejam recebendo o benefício do seguro desemprego. Para IBGE, os chefes de famílias, que recebem benefícios da Bolsa Família, são subempregados e não contam como desempregados, também. 

Segundo dados levantados pelo @Senador_ataídes, que é empresário também, o número de trabalhadores que estão na situações de expectativa de emprego não considerado pelo IBGE, é mais de 10 milhões de desempregados. Ainda, segundo dados oficiais, o número de chefes de família que recebem Bolsa Família são em 13,5 milhões. O número oficial de desempregado pelo Pnad é de 11,4 milhões de desempregados. Conclui-se que o número total de "desocupados" (sem emprego) é mais de 34,9 milhões de trabalhadores. 

A população economicamente ativa no País é cerca de 102 milhões de pessoas. Sendo assim, o número 34,9 milhões de pessoas desocupadas corresponde a grosso modo 1/3 (um terço) da população economicamente ativa. Grosso modo 1 em cada 3 pessoas com capacidade de trabalho estão "sem emprego" ou estão vivendo de "sub-emprego", classificado pelo IBGE como "desocupado".

Por outro ângulo, o número de inadimplentes no sistema crediário e bancário é mais de 60 milhões, em sua maioria trabalhadores. O número corresponde a cerca de 40% da população adulta do País. O número de inadimplentes é assombroso, que coloca o sistema financeiro brasileiro em pânico. Por conta deste número elevado de inadimplentes, os juros dos cheques especiais estão acima de 300% ao ano e os juros dos cartões de créditos estão acima de 400%. 

Diante do quadro grave que passa os trabalhadores brasileiros, a política econômica neoliberal gradualista, já manifestada, inúmeras vezes, pelo formulador da política econômica do governo Temer, não é compatível com a necessidade da população brasileira. O governo Temer, não é diferente de outros governos "neoliberais", privilegiam o "establishment".

O "establishment", representado pelo estrato social que mandam no governo, concorda com os "ajustes fiscais" propostos pelo Meirelles. Igualmente, concorda com a "política de juros" e "política cambial" desenhadas pelo Meirelles. O "establishiment" concorda com o aumento de impostos para equilibrar as contas do governo federal. 

A política econômica apresentada por Meirelles não é a única alternativa para tirar o País da situação de crise econômica. Eu responderia que a política econômica desenhada pelo Meirelles atendem ao interesse dos banqueiros e dos agiotas nacionais e internacionais em detrimento ao setor produtivo, incluindo os trabalhadores. Sem dar atenção ao sistema produtivo, o País não encontrará o caminho do desenvolvimento sustentável.

A alternativa imediata de tirar o Brasil da situação de crise econômica, vão contra a política econômica neoliberal ortodoxa do FMI. A alternativa vão contra os interesses do "establishment". Não vejo outra forma, senão implantar de imediato a política econômica liberal proposta no meu e-book. 

Cique aqui ~~> Alternativa para a política econômica 

Entra governo, sai governo, os trabalhadores continuam sendo a "massa de manobra" do "establishiment" e dos políticos que se servem deles, para permanência no poder, independente dos partidos políticos aos quais pertencem. 

No meio de tantas notícias de ladroagem dos políticos não custa fazer reflexão sobre a crise econômico e político que o Brasil se meteu. 

Um bom fim de semana para todos!

Ossami Sakamori











@ApoioTemer

6 comentários:

daniel camilo disse...

Precisamos voltar às ruas para protestar. Quando se tem uma casa com a estrutura totalmente danificada, o ideal não é reformá-la mas demoli-la e fazer outra. Assim acontece com nosso Brasil. A estrutura política está totalmente abalada. A maioria dos Parlamentares está envolvida com a corrupção e não quer se comprometer em diminuir as benesses nem elaborar e aprovar leis que mudem radicalmente a estrutura da economia que, atualmente, é voltada a dar lucros para banqueiros em detrimento do sofrimento da grande maioria do povo brasileiro. É como se um País nos fizesse de colônia e nos explorasse. Só seríamos livres se lutássemos pela nossa independência.
Atualmente, os grandes Partidos Políticos nos exploram, como se fôssemos colônia deles. Precisamos nos libertar antes que a população se revolte e tenhamos uma guerra civil.

joao trindade disse...

Novamente, devo concordar IPSIS LITTERIS com o que o sr. Daniel Camilo relata. Nosso país parece ter a mesma vocação da Venezuela, ou seja, governado por déspotas e estão levando nosso povo à miséria e, mais hora, menos hora uma guerra civil ocorrerá. O povão não se dá conta disso. Aconselho a quem puder ir embora do país que o faça. Do alto de meus 70 anos não me engano nesse prognóstico, pois já vi o suficiente para fazer essa afirmação.

Anônimo disse...

Estamos na pauta, digo, na agenda positiva, sim: CPMF, REFORMA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL, REFORMA NA CLT, ETC.
Não esqueceram de nós, é claro! Afinal, quem pagará a conta? Que susto!

Anônimo disse...

Concordo consigo e com o Daniel, mas do alto dos meus também 70 anos, já não tenho idade para recomeçar de novo a vida. Não quero nem desejo outra guerra civil pois é profunda e brutalmente desumana. Não há leis, ou seja, só tam a lei de quem tem uma arma e que lhe dá o poder e direito de ser "Deus". O poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer. E isso é incoerente comigo.

Anônimo disse...

Senhor Ossami

Dá para acreditar?

"Descontada a inflação, real perdeu só 7% do valor frente ao dólar desde 94

Cálculo da Fecomércio-SP desconta a inflação dos dois países no período.

Um estudo divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de São Paulo aponta que a verdadeira desvalorização do real frente ao dólar desde 1994, ano de lançamento da moeda brasileira, foi de apenas 7%.

De acordo com a entidade, o maior problema para o câmbio atual, em torno de US$ 1 para R$ 3,6, é a inflação acumulada no Brasil (440%) em 21 anos ser muito maior que a americana no mesmo período (60%). Isso faria com que R$ 100 hoje equivalem a R$ 18,5 em 1994 e US$ 100 equivalem a 62,5 em 1994, quando havia paridade entre as moedas.

O cálculo desconta a inflação dos dois países, o que mostra o verdadeiro valor do real (US$ 1 = R$ 1,07) no mercado internacional e se torna um fator preocupante "no que diz respeito à competitividade das exportações brasileiras". Confira a íntegra da abordagem da Fecomércio-SP.

A inflação acumulada no Plano Real já atinge 440%, o que faz com que a nota de R$ 100,00, hoje, compre o equivalente ao que se comprava com R$ 18,5 em 1994. No mesmo período, a inflação americana foi de cerca de 60%. Ou seja, uma nota de US$ 100,00 hoje equivale a pouco mais de US$ 62,5 da época.

(...)"

http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=57134981868

Anônimo disse...

O Brasil acabou mesmo e não se recupera mais...