segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Para Dilma, o Brasil que se lasque!

Crédito da imagem: Veja/Abril

No meio da incerteza do rumo da economia do País, o nome para substituir o Guido Mantega frente ao ministério da Fazenda é uma incógnita.  Os analistas do mercado financeiro, os cientistas políticos e os agentes econômicos estão totalmente equivocados em procurar um nome que tenha a "credibilidade" no mercado financeiro internacional, sem definir exatamente para que lado quer ir a Dilma.

A atual crise econômica decorre do erro sistêmico na política econômica (sic), se é que existe uma política econômica, supostamente implementada no início do governo Dilma do primeiro mandato. Isto eu disse neste blog, 1.400 vezes. No primeiro ano do governo Dilma, já deu para perceber que as medidas tomadas pelo governo estavam totalmente equivocadas. Comecei a denunciar o fato desde 15 de fevereiro de 2014.

Alguns articulistas como o professor Samuel Pessoa, começou chamar atenção deste fato já no início da crise anunciada no primeiro semestre.  Outros agentes econômicos como o Henrique Meirelles, principal executivo do grupo JBS/Friboi e presidente do Banco Central no governo Lula, começou criticar sobre a "nova matriz econômica" do governo Dilma.  Depois de leite derramado, qualquer um é capaz de fazer diagnóstico da situação econômica do País.

O fato é que o quadro econômico atual, não requer apenas "bom nome" ou "nome com credibilidade" para sair da encrenca que o Brasil se meteu. Precisa sim, de uma política econômica consistente com os pontos fundamentais bem definidos. Não basta apenas os "eixos" delineados, como os agentes econômicos dizem.  A coisa não é tão simples assim. Não basta apenas trocar de nomes e mudar os poucos "eixos".

Se alguém imagina que a política econômica se define com apenas 3 ou 4 "eixos" ou "pontos fundamentais", está totalmente equivocado. Estão equivocados, também, os que pensam que a distorção provocada pelo "erro sistêmico" se corrige sem aplicar os "remédios amargos".  Quanto maior erro cometido, o remédio é mais amargo.  Não nos iludamos de que um "bom nome" vai resolver o problema econômico que o País atravessa sem administrar os amargos remédios.

Os pontos de mudanças que estamos a abordar terão que passar necessariamente pelos: realinhamento do câmbio; realinhamento das tarifas públicas; equilíbrio das contas públicas; diminuir taxa de juros reais; meta de inflação sem o teto e o piso; adequar o compulsório dos bancos ao novo quadro econômico; equiparar os juros de empréstimos subsidiados dados aos poucos empresários pelos juros de captação do Tesouro; administrar a base monetária para segurar a inflação; promover investimento s em infraestrutura com os recursos extra Tesouro; readequar os subsídios agrícolas; incentivar os investimentos em infraestrutura na modalidade de PPPs; incentivar os investimentos estrangeiros diretos (IED) em detrimento aos investimentos estrangeiros especulativos; criar ambiente de política econômica definida para lançamento de IPOs das novas empresas de capital aberto; substituir gradativamente os programas de renda mínima pelo incentivo à educação e formação de mão de obra para adultos; priorizar compras governamentais com conteúdo nacional; incentivar a parceria entre o setor privado e o setor de ensino público superior; priorizar formação específico e especializado de engenheiros e técnicos; capacitação de mão de obra de nível educação inferior; punir exemplarmente os agentes públicos corruptos; além de tantas outras medidas setoriais.

Como demonstrado acima, não é apenas "troca de nomes" no ministério da Fazenda que vai mudar o quadro econômico do País. O Brasil só alcançará o desenvolvimento sustentável, se seguir o receituário proposto no parágrafo anterior. Duvido que a presidente Dilma com o grau avançado de déficit de inteligência, venha mudar a "velha matriz econômica"  trocando Mantega pelo Meirelles. Meirelles é apenas a volta do Lula no comando da economia do País.  Dilma vai dar prioridade a continuar o Brasil das mil maravilhas para manter sua popularidade às alturas.  

Assim sendo, só falta esperar chegar o ano de 2018 com o País totalmente desfigurado, sem a perspectiva de alcançar o desenvolvimento sustentável do País. Talvez, o clima esteja propício para : Volta Lula!  Deus me livre! Estou fora desse bordão!  

Para Dilma, o Brasil que se lasque! 

Ossami Sakamori
@SakaSakamori 




6 comentários:

Vale tudo? disse...

Difícil tecer qualquer comentário diante de uma exposição do acontecido e diante das medidas a serem tomadas para uma possível estabilidade econômica do País. Pergunto: o País ainda tem jeito?

Wagner disse...

Dilma quer cortar e apertar uma economia frágil! Ela sustenta a ideia de que com "acertos" (eu diria jeitinho) se colocam as coisas no lugar. Quando Leninismo não dá certo, falta a cultura capitalista! O Brasil que se lasque!

Wagner disse...

O país ainda tem a nós. Pense nisso.

Aurora disse...

Como sou uma cidadã comum, leiga em assuntos técnicos governamentais, penso que a medida urgente que a pseudopresidência deve tomar é ELIMINAR OS CORRUptTOS de todas as esferas administrativas. Não só eliminá-los, mas puni-los de acordo com as leis brasileiras: perda de cargo público e prisão (necessariamente nesta ordem!).

Anônimo disse...

Por falta de visão e vontade politica(patriotismo),o país caminha para a continuidade (bem que o exu de 9 dedos podia ir para o inferno,antes de 2018) e sem qualquer interesse ou condição de ser chamado de País.

Anônimo disse...

Os remédios amargos citados, hoje já ultrapassam a fronteira de 2015. Isso mesmo, se começarem a ser utilizados hoje, terão que ultrapassar 2015 e serem utilizados até 2016. E quanto mais tempo demorar para começar, por mais tempo serão necessários.

Sobre o receituário, concordo plenamente, mas diria que em um primeiro momento precisamos de um repique dos juros básicos, para atrair até os capitais especulativos. Seria um primeiro choque, para segurar as pontas nos primeiros meses, enquanto todas as demais medidas surtem efeitos, permitindo em seguida a retração dos juros e a atração do investimento direto.

Digo que isso é necessário porque o deficit fiscal, e a saída de dólares migrando para o investimento em títulos americanos já é muito grande.

Mas por enquanto não tivemos nenhuma sinalização de que algo será consertado. A situação é grave.