Até este momento, não tivemos notícias sobre o afastamento do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, apesar do mesmo ter dito em conferência diária para a imprensa que ele e sua equipe estavam de "saída" do Ministério da Saúde. Henrique Mandetta espera ser demitido pelo presidente Bolsonaro para sair como "vítima" da "politicagem" do Planalto. Henrique Mandetta não pedirá demissão, como que o "cargo" de ministro lhe pertencesse de direito. Uma coisa é certa: o ministro Mandetta esconde a triste realidade da saúde pública brasileira.
O Ministério de Saúde não sabe exatamente o número de leitos de UTIs disponíveis no SUS - Sistema Único de Saúde, somado ao leitos de UTIs do Sistema Complementar de Saúde. A "estimativa" publicada pela grande imprensa vai de 30.000 leitos a 40.000 leitos. Sabe-se que do total de leitos de UTIs, cerca de 60% são destinados a doentes comuns. Pois bem, desta forma, na melhor das hipóteses, 16.000 leitos de UTIs estarão disponíveis para doentes do "coronavírus".
Segundo os técnicos do Ministério da Saúde, o período de internamento de doentes "coronavírus" é um período médio de 16 dias (mínimo de 12 dias e máximo de 20 dias). "Cientificamente" falando, como recorre sempre o "ainda" ministro Henrique Mandetta, o número de UTIs destinados aos doentes do "coronavírus" é de cerca de 1.000 leitos de UTIs, simultâneos.
Cientificamente falando, independente da "curva de incidência", se na forma de "pontiaguda" ou "achatada", o SUS e o Sistema Complementar não suportam atender simultaneamente, mais de 1.000 doentes do "coronavírus". A partir do 1.001º, os doentes do "coronavírus" estarão sob avaliação das equipes médicas de cada unidade hospitalar, a escolha de quem vai para UTI. O "isolamento social" em nada muda a situação falida do Sistema Único da Saúde, apenas posterga a "hora da verdade".
No Brasil, não haverá UTI para doente "coronavírus" de número 1001 !
Ossami Sakamori
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