segunda-feira, 20 de abril de 2020

Baixem as âncoras que o inverno está por vir!


A montadora Volkswagen do Brasil retomou a produção da sua unidade em São Bernardo dos Campos, no dia 18, com apenas um turno de trabalho.  À primeira vista, a notícia seria alvissareira, no entanto, a fábrica vai voltar à atividade para atender os 1,2 mil trabalhadores que estavam em "lay-off" desde janeiro e que passam a participar do no programa que tem parte dos salários bancada pelo FAT.  Certamente, as unidades prontas ficarão retidas no páteo da montadora porque as revendas estão com portas fechadas em decorrência do "isolamento social", imposto pela maioria dos governadores das unidades da federação.

Alguns leitores pedem que eu faça a análise da conjuntura econômica do País sem levar em conta a epidemia "coronavírus".  Com "isolamento social" decretado em todo o território nacional, é "impossível" não vincular a atividade econômica à epidemia "coronavírus".   Como engenheiro que sou, sei muito bem que não há obras de engenharia sem o "cronograma físico-financeiro".  No cronograma da "conjuntura econômica", é impossível não levar em conta o "isolamento social" como um fator preponderante.   Para qualquer análise da conjuntura econômica do País para o ano em curso, a data do fim do "isolamento social" tem importância fundamental nas suas análises.

Nas minhas considerações sobre a epidemia, citadas em várias matérias sobre o tema, o fim do "isolamento social" deverá acontecer após a ocorrência do pico da "curva de incidência" da epidemia que deverá ser no mês de julho. Desta forma, imagino que o fim do "isolamento social" no Brasil deverá ocorrer durante o mês de julho.  E, em consequência, as atividades econômicas deverão "tentar" retomar o ritmo de crescimento apenas à partir do início do mês de agosto, faltando tão somente 5 meses para o término do ano de 2020.

Após uma longa fase de estagnação econômica decorrente do "isolamento social", a economia vai retomar a atividade com muita parcimônia, devagar e quase parando.  Não haverá "explosão" de consumo porque não há "represamento" de consumo. Durante o tempo do "isolamento social", está havendo, "silenciosamente", "demissões em massa", sobretudo dos trabalhadores formais.  Dentro deste quadro, o "consumo" cairá em níveis nunca dantes vistas, por conta da perda da renda média dos trabalhadores.  

Por incrível que pareça, o nefasto "gastos públicos" serão carros chefes para impulsionar a economia até a saída do "isolamento social".  Em determinado momento, os "gastos públicos" representarão cerca de 50% ou mais do PIB - Produto Interno Bruto.  Sobre o tema "gastos públicos" retornarei em matérias posteriores, porque é um outro tema "explosivo".

Sendo assim, a atividade econômica só retornará ao curso normal a partir do mês de agosto.   Baixem as âncoras que o inverno está por vir!

Ossami Sakamori

Um comentário:

Anônimo disse...

Caso Coronavírus e a Mídia Hipócrita:
Qdo uma mentira é bem contada; todos acreditam !
Qdo "alguém" resolver contar a verdade; será tarde demais!