sábado, 11 de abril de 2020

As meias verdades do ministro Mandetta


Tudo que o ministro da Saúde, Henrique Mandetta diz é meia verdade.  Ele dá a entender que através do "isolamento social", o Brasil controlará a pandemia do "coronavírus".  Não há "evidência científica" de que o "coronavírus" transmite apenas de pessoa para pessoa.   Os Estados Unidos que é país mais rico do mundo, com 25% do PIB mundial, impôs à sua população "isolamento total" ou "lockdown", mesmo assim não tem colhido resultados esperados.  Há vítimas fatais diários de mais de 1.000 doentes nos Estados Unidos, mais do que o número de mortes decorrentes do "coronavírus" no Brasil, hoje.

A minha "constatação científica" é de que o número de mortes no Brasil, proporcionalmente à população é menor do que países do hemisfério norte pela evidência de que a maior parte do território nacional encontra-se na região tropical (entre paralelo 30º Norte e paralelo 30º Sul.  O "coronavírus" tem proliferação menor num ambiente tropical própria natureza do vírus que prolifera mais facilmente num ambiente frio.  A má notícia é de que o Brasil está no outono e em breve vai entrar no inverno, ambiente propício para proliferação do "coronavírus".  

O ministro Mandetta tenta a todo custo, com o "isolamento social", empurrar o "pico" da incidência do "coronavírus" para frente, não por "recomendação científica", mas por absoluta falta de estrutura de atendimento no Sistema de Saúde.   Henrique Mandetta, sabe muito bem que se houver o "pico" do "coronavírus" em breve, o Sistema Único de Saúde, não está preparado para atender toda a demanda.  No momento, o Ministério de Saúde nem tem os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais de saúde, muito menos número de UTIs suficientes. 

A "evidência científica" do ministro Mandetta, mostra que o Sistema de Saúde no País, não tem leito de UTIs suficientes para atender a demanda do "coronavírus", no seu "pico".  O Brasil tem 30.000 leitos de UTIs e deste total 12.000 leitos de UTIs "reservados" para "coronavírus".   Se considerar que a média de internamento em UTI para os doentes do "coronavírus" é de cerca de 12 dias, o número de leitos destinados para os pacientes desta epidemia, em todo o Brasil, é cerca de 1.000 UTIs.   O Brasil não suporta número de pacientes do "coronavírus" acima de 1.000, o que é insuficiente para uma pandemia.  

Assim sendo, a "evidência científica" do ministro da Saúde Mandetta, de impor "isolamento social" a qualquer custo, tem o "pano de fundo", a falta de leitos hospitalares suficientes para atender a demanda acima do "pico científico" de 1.000 doentes nas UTIs.  Na "ciência da estatística e da matemática, quanto mais achatada a "curva da demanda", mais prolongado será o período de incidência do "coronavírus".  A esta constatação "científica", soma-se ao fato de que no hemisfério sul, o período de frio está por vir.  Infelizmente, até lá, os doentes no Brasil serão apenas objetos de "disputas políticas partidárias", tal qual gado no "confinamento" esperando o dia do abate.   

Assim, podemos afirmar que a epidemia do "coronavírus" só vai deixar o País à partir de agosto, na melhor das hipóteses.   Isto é "evidência científica", de um engenheiro.


Ossami Sakamori




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