terça-feira, 14 de abril de 2020

Coronavírus para o povo: Oh !


Atrás da pandemia de "coronavírus" que tem causado muitas vítimas fatais e tem exposto a fragilidade do Sistema de Saúde no País, os políticos, de modo genérico, vem se engalfinhando para ampliar o seu "espaço político" aproveitando-se do pânico que se instalou no mundo e particularmente no Brasil.   O fenômeno não é diferente em qualquer país do mundo.  O "coronavírus" virou instrumento para ocupação do espaço de exposição na mídia, sobretudo para promoção pessoal. O "coronavírus" não é mais epidemia, mas uma "pandemia" política em toda parte do mundo.

No imbróglio de uma possível demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, o assunto se tornou o mais evidente no centro de poder do Brasil.  O assunto da demissão ou renúncia do ministro se tornou o mais importante agenda do Palácio do Planalto do que a própria epidemia "coronavírus".   O presidente da República não quer demitir o ministro da Saúde para torná-lo "vítima de injustiça".   O Henrique Mandetta não quer se demitir para assumir não sair como um "vencido" na disputa política.   O presidente da República tem à vista, a sua reeleição em 2022 e o ministro da Saúde tem pretensão de ser governador do estado de Mato Grosso do Sul.  

Enquanto isso, o Sistema de Saúde Pública do País, incluído o SUS e Sistema Complementar, não tem estrutura para atender a demanda que ainda está por vir.  O Brasil tem 30.000 leitos de UTIs e dentre estes, 12.000 UTIs destinados à epidemia "coronavírus".   Considerado o prazo médio de internação em cerca de 12 dias, o número de UTIs disponíveis em todo o território nacional é de apenas 1.000 leitos.   O sistema de saúde na cidade de Manaus já entrou em colapso.  Deverá entrar em colapso no curto prazo, o sistema de saúde de Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife são os próximos a entrar em colapso.

A tal "curva de incidência" utilizada como padrão recomendada pela OMC é uma curva que lembra uma "montanha".  O "isolamento social" ou o "confinamento horizontal" como queiram denominar serve, segundo a OMC, para "suavizar" o "pico da montanha".   Segundo a crença dos técnicos dos ministérios de saúde de todo o mundo, sem os "isolamento social" ou o "confinamento social", o "pico da montanha" ficaria como um "pico do Everest", pontiagudo e o sistema de saúde entraria em colapso.   Isto tudo é uma "tese científica".  No entanto, ninguém está sabe que tipo de curva da incidência ocorrerá nos países tropicais como o Brasil.  No momento, tudo, não passa de hipóteses.

Enquanto os políticos e os partidos políticos "se engalfinham", a saúde da população acaba ficando no segundo plano.  Para a população "confinado" em "curral eleitoral", um verdadeiro "chiqueirinho", resta se contentar com o "resto de comida" que lhe são oferecido.   

Coronavírus para o povo: Oh !


Ossami Sakamori

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