oo O PIB mensal calculado pelo Banco Central registrou a
terceira alta consecutiva em agosto, corroborando o cenário de recuperação
gradual da atividade econômica no trimestre.Em nossa visão, o encaminhamento
das reformas no próximo mandato será crucial para que o crescimento da economia
ganhe mais tração a partir do patamar atual.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br), cujo propósito é medir o PIB oficial (IBGE) em frequência mensal,
teve variação de +0,5% em agosto (após ajuste sazonal), vindo de +0,7% em
julho.Este resultado superou a mediana das estimativas de mercado (+0,3%). Com
isso, a sua média móvel trimestral acelerou para 1,9% e, na comparação
interanual, o ritmo de crescimento permaneceu em 2,5%.
Quanto ao desempenho mensal dos setores componentes do
IBC-Br, vale notar:
· A produção industrial veio abaixo do esperado em
agosto (-0,3%), refletindo principalmente a redução(temporária) das atividades
nos segmentos extrativo e de refino,decorrente de evento exógeno. Haverá,
portanto, alguma devolução desta queda mais adiante, ainda que compensada pela
perda de ímpeto da manufatura automotiva.
· Por outro lado, os setores de serviços (+1,2%) e
comércio varejista ampliado (+4,2%) exibiram desempenho favorável no mesmo mês,
com destaque para as atividades de transporte (serviços) e vendas de
veículos,materiais de construção e supermercados (comércio). As modestas
expansões da massa de salários e da concessão de crédito,em ambiente de juros
baixos, devem continuar impulsionado estes setores.
Desta forma, contando com a deprimida base de
comparação do 2T18 (impactada pela paralisação do transporte de cargas), além da
ótima safra de café deste ciclo 2017/18,avaliamos que o IBC-BR de agosto é
compatível com expansão da ordem de +0,6% para o PIB do 3T18, vindo de +0,2% no
trimestre anterior. Para este ano e o próximo, nossa expectativa é de expansão
do PIB em torno de 1,5% e 2,5%, respectivamente.
Em nossa visão, o
encaminhamento das reformas no próximo mandato será crucial para que o
crescimento da economia ganhe mais tração a partir do patamar atual.
Daniel Xavier, economista-chefe
@DMI_Group
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