Crédito da imagem: Exame
O ministro do Trabalho, deputado Ronaldo Nogueira, pagou o pato pelo número de cortes nas vagas de trabalho com carteira assinada e foi demitido pelo presidente Temer. Houve saldo de 12 mil trabalhadores "demitidos" a mais do que número de contratações. O governo Temer está chegando no final de 2017 com indicadores não tão alvissareiras quanto gostaria que fosse. A demissão do deputado Ronaldo Nogueira, em nada muda a situação real do País.
Segundo Caged, ao final de novembro, o Brasil tinha 38,62 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada frente a 100 milhões de força de trabalho disponível. Considerando que a população brasileira é de 207 milhões, o número de trabalhadores com carteira assinada corresponde a menos de 1/5 da população. Segundo IBGE, outros 40 milhões estão desempregados ou sub-empregados. Somado a isso, cerca de 13 milhões de chefes de família recebem a Bolsa Família.
Não precisa ser analista econômica para entender a dificuldade que passa o País. Os 38,62 milhões de trabalhadores recolhem a previdência social regularmente. Alguns tantos recolhem a previdência de forma simplificada e o maior contingente de pessoas recebem alguma forma de benefícios do governo federal. Desse jeito a conta não fecha nunca! Menos de 1/5 da população tem empregos formais, com carteira assinada e o restante da população vivem de alguma forma de ajuda do governo federal.
Dentro deste contexto, o presidente Temer estima criar 1,78 milhão de empregos com carteira assinada em 2018. Para mim, a proposta é ousada e sem consistência. Não há no horizonte mudança na matriz econômica que justifique a mudança repentina no quadro da economia do Brasil. Querer por querer, até eu quero.
Com Temer ou sem Temer, o Brasil não se preparou e nem se prepara para o desejado desenvolvimento sustentável. Vamos aguardar com atenção, as propostas dos presidenciáveis no próximo ano para analisar de perto.
Chega de "salvadores da pátria"!
Ossami Sakamori
2 comentários:
Não basta dizer que vai criar "X empregos". Tem que explicar como. Fora isso, trata-se de conversa fiada.
Se a melhor fase da economia brasileira foi no governo de um "metalurgico salvador da pátria", sem nunca ter sido professor universitário, agora só vou votar se no Dr.Ossami Sakamori, doutor em economia brasileira pelo teclado, for candidato a Presidente.
Simples assim! Pronto!
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