Toninha Rodrigues
Até a bancada
do PT, forte defensor e de cujo governo surgiu a proibição, votou contrária ao
recurso 261/13. Não fosse o PSOL, a rejeição teria sido por unanimidade. Depois
de um ano e meio emperrado na Câmara, por força do recurso politiqueiro do ex-deputado
Dr. Rosinha, o esforço conjunto do deputado federal e autor do projeto, Felipe
Bornier, junto às lideranças e bancadas partidárias, e dos médicos
representantes da Abran, Abeso, Conselhos de Medicina e de milhares de
pacientes pressionando os parlamentares pelas redes sociais, foi decisivo para
a sequência da tramitação do projeto que garante a volta do tratamento
antiobesidade aos cerca de 60 milhões de brasileiros obesos e com sobrepeso.
Prevaleceu o
bom-senso e o tal recurso foi finalmente derrubado, em sessão realizada no dia
23 de junho de 2015. Protocolado no Senado Federal poucos dias depois, o PL
2431/11 passou a tramitar sob sigla e número PLC 61/2015, foi encaminhado à
Comissão de Assuntos Sociais e aguarda o parecer da senadora Lúcia Vânia, mais
uma vez designada relatora de projeto que garante a devolução aos obesos do tão
necessário tratamento, arbitrária e injustificadamente proibido pela Anvisa do
PT. Que continue prevalecendo o bom-senso dos senhores senadores e também da
senhora presidente.
Obesidade cresce em níveis alarmantes
Não é por
acaso que o índice de obesos no Brasil passa da metade da população, chegando a
alarmantes 56,9% das
pessoas com mais de 18 anos, segundo números apontados e divulgados no dia 21
de agosto último, pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso sem contar as crianças e
adolescentes.
A aprovação
desse projeto será um grande ganho para os milhões de obesos e para a sociedade
em geral, visto que a redação da proposta impede que a Anvisa faça o que fez
com o DLG 273/2014, de autoria do ex-deputado federal Beto Albuquerque, em
setembro de 2014. Aprovado pelo Senado, ficou com sua validade nula pela Resolução
50/2014, da Anvisa, que restringiu sumariamente a produção dos medicamentos,
exigindo estudos de eficácia dos remédios, mesmo em vigência os estudos apresentados
em 2011 e cuja validade expira em 2015. Além dos altos custos e demora desses
estudos, que desmotivam a indústria farmacêutica, a diretoria da referida
agência não aceita nenhum estudo que seja apresentado, mesmo assinado pelas
maiores autoridades do assunto, dentro e fora do Brasil. O PLC 61/15 tem força de lei e quando aprovado
e sancionado, nenhuma outra ação da Anvisa terá
maior força que a lei.
Anvisa
patrocinou preconceito e sofrimento proibindo o tratamento
Tudo o que a
Anvisa fez nesses quatro anos foi ampliar o preconceito e a incompreensão da
maioria das pessoas contra os obesos, que não são gordos simplesmente por “comerem demais” ou por “preguiça”. É triste ler comentários do
tipo “quem mandou ser glutão. Já morreu
tarde” quando é noticiada a morte de algum obeso mórbido. O que levou um
órgão regulador de suma importância a insistir na negativa de tratamento legal
a uma situação reconhecida mundialmente como patologia cabe aos setores
competentes investigar. Mas há necessidade urgente da aprovação desse PLC pelo
Senado e também que a nossa presidente tenha a coerência e sensibilidade de
sancioná-lo. Pacientes, médicos e o próprio autor do projeto continuarão
lutando pela vitória final.
Nem a voz da
ONU, via relatório produzido pela Junta
Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão independente para
a implementação das Convenções Internacionais de controle de drogas, em março
de 2011, amenizou a fúria da Anvisa contra as vítimas da obesidade. O relatório
sugeriu à agência brasileira manter a posição adotada em 2010, quando foram
baixadas normas específicas para fortalecer o controle sobre a produção,
importação, venda e prescrição dos anfetamínicos, mas nem o apelo de um órgão
internacional, cujo foco é, entre outros direitos, os direitos humanos, foi
capaz de sensibilizar a Anvisa. Para ler informação completa completa, acesse: Veja
)
O relatório da Jife divulgado pela ONU defende posição
anterior do governo brasileiro, adotada em 2010. Naquela oportunidade,
estabeleceram-se no país novas regras para fortalecer o controle sobre a
produção, importação, venda e prescrição da anfetamina, uma das substâncias
emagrecedoras. O documento incentiva ainda o país a seguir aprimorando sua
legislação, com o intuito de fazer com que todas as drogas anorexígenas sejam
usadas exclusivamente para fins medicinais, evitando a prescrição
indiscriminada.
Doença crônica. Não é preguiça e nem
comilança.
“O obesidade não é apenas uma consequência
de hábitos não saudáveis, mas sim uma doença crônica, como é o diabetes e a
hipertensão arterial. Não podemos deixar de lembrar que os pacientes obesos são
vitimas de discriminação em meios de convívio social. Sofrem preconceito no
mercado de trabalho, na escola, entre os amigos e até no ambiente familiar. As
substâncias anfepramona, mazindol e femproporex, assim como a sibutramina, já
se provaram seguras e eficazes quando corretamente indicadas e utilizadas com
acompanhamento médico”, afirma o presidente da Associação Brasileira de
Nutrologia (ABRAN), professor-doutor Durval Ribas Filho. Os medicamentos já são
liberados em mais de 80 países no mundo, entre EUA, México, toda a América
Central, Argentina, Chile, Austrália, países da Europa e Ásia. Por isso,
especialistas prescritores, com o apoio irrestrito do Conselho Federal de
Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e de outras entidades
envolvidas no combate à obesidade, trabalharam juntos para suspender a
proibição.
“A discussão não deve ser sobre
responsabilidades ou a quem compete liberar ou proibir alguma droga. O debate
precisa ser pautado pelo interesse da sociedade. E, no caso dos inibidores de
apetite, especificamente pelos milhares de pacientes que se viram privados de
continuar com a utilização de medicamentos imprescindíveis à manutenção de sua
saúde e de seu tratamento no combate à doença crônica que é a obesidade”,
completo o médico nutrólogo, professor-doutor Paulo Giorelli, diretor do
Departamento de Obesidade da ABRAN.
13 comentários:
Assim, esperamos que essa novela seja finalmente encerrada e com um final justo e feliz. Quatro anos privados de tratamento, como se um problema de saúde tão sério fosse brinquedo para joguete político.
O preconceito contra a pessoa gorda é assustador sinto isso na pele..Imagino com quem tem obesidade mórbida.Somos tratados como o lado vergonhoso da sociedade "certinha".
A questão de medicamentos é caso de Justiça..tem q voltar para termos opções de tratamento!!
Tem que voltar os medicamentos!! Fora Anvisaaa!!
precisamos do nosso tratamento com urgencia. so sendo muito ignorante e muito burro pra nao associar o aumento do numero de obesos no Brasil com a proibição dos medicamentos. A obesidade aumentou em numeros alarmantes deppois da proibição. eu engordei 30 kilos e hoje tenho pressão alta e arritmia cardiaca por causa do excesso de peso. e nao é por falta de exercicios e ma alimentação não. eu faço tudo corretamente e mesmo assim não emagreço. sou diabetica e sigo uma dieta rigida e nao emagreço. Desejo que esses ignorantes que falam que gordo e guloso e preguiçoso passassem apenas por um dia pelo que passamos para poderem e entender e parar de falar besteiras. esse governo maldito que nada faz pela saude da populçao alem de nos roubar dinheiro estao roubando a nossa saude.precisamos dos nossos medicamento urgente.
A obesidade é uma doenca multifatorial e seu tratamento multidisciplinar. Por que tanta confusao em torno de uma medicação de 70 anos ??? O obeso sofre fisica e emocionalmente.. Que se faça justiça.
A obesidade é uma doenca multifatorial e seu tratamento multidisciplinar. Por que tanta confusao em torno de uma medicação de 70 anos ??? O obeso sofre fisica e emocionalmente.. Que se faça justiça.
obesidade é doença e remédios foram feitos para tratar doenças quem esta acima do peso sabe de todos os problemas que vem junto com a obesidade sempre me dei muito bem com os medicamentos nunca tive nada de anormal mas agora sou anormal em tudo ,peso coluna humor,estima,sem contar as dores no corpo por conta da gordura
gente tanta polemica em torno de um medicamento,que só fez bem a nós obesos,obesidade é doença sim e precisamos de nossos remedios! que se faça justiça!
nunca tive problemas com os anorexigenos...acho uma tremenda hipocrisia a pessoa q se toma antidepressivos critica-los
Desde os 16 anos tomei anorexígenos e nunca sofri efeitos colaterais de seu uso. Pelo contrário, sempre me senti muito bem ingerindo-os e emagrecendo graças ao seu efeito inibidor de apetite. É uma falácia da Anvisa - que até o presente não realizou nenhum estudo sobre o tema, porque, segundo Senador José Serra, encontra-se aparelhada com agentes que desempenham função política e não técnica.Estamos lutando para a Senadora Lucia Vânia aprovar a volta dos inibidores com a maior urgência possível. Há 4 anos a Anvisa usurpou nosso direito ao tratamento. Direito que é constitucional, garantido pelo artigo 5º, $ 3º da CF.
Como ja disse e repito convivo com uma pessoa obesa e a única perspectiva dela é:
OU MORRO MAGRA PQ VIVER GORDA EU NÃO VIVO.
Ela não se mostra tem quase 4 anos.
É sofrimento demais!!
Ajudem por favor!
Obesidade é DOENÇA SIM e não preguiça ou relaxo como muitos pensam, precisamos de medicamentos para tratar.
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