Ontem, o PEC da Transição, como ficou conhecido o Projeto de Emenda Constitucional que aumenta os gastos do Governo federal em R$ 145 bilhões, para o primeiro ano do Governo Lula, que se inicia no próximo dia 1º de janeiro. Muitos políticos consideraram como capitulação do Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, à vontade do Presidente Lula, recém eleito. Ledo engano, o Presidente da Câmara dos Deputados fez o seu jogo político, com vistas à permanência dele como Presidente da Câmara dos Deputados, na próxima legislatura que começa no dia 1º de fevereiro do ano que vem.
O Presidente Lula, tinha apresentado proposta de PEC da Transição a vigorar durante o seu período de governo que só termina, em tese, no dia 31 de dezembro de 2026. Com redução do prazo de vigência, o Presidente eleito terá que manter um bom relacionamento com o Arthur Lira e aceitar as constantes negociações, incluído nela a Presidência da Câmara do Deputados, à partir de fevereiro do próximo ano.
Ontem, mesmo, ainda na atual legislatura, o Presidente da Câmara conseguiu vitória expressiva com a aprovação do PEC da Transição com mais de 360 votos dentre 513 deputados. Para aprovação do PEC seria necessário 308 votos ou a maioria absoluta de votos. Com a aprovação do PEC com duração de um ano, o Presidente Lula, terá que renegociar a renovação do PEC, todos os anos. A cada ano uma nova negociação, provavelmente com o mesmo Arthur Lira, que deverá ser reeleito Presidente da Câmara na nova legislatura.
Além da notícia da aprovação do PEC - Projeto de Emenda Constitucional, uma outra inusitada foi dada pelo futuro Ministro da Justiça que destituiu do então indicado, ontem, a chefia do Polícia Rodoviária Federal, por ter "descoberto" um comentário do indicado sobre apoio aos atos do "Lava Jato", em que o seu chefe, Lula da Silva, foi objeto de condenação e prisão. Foi nomeado, então, um novo Diretor Geral do órgão, um seu amigo, lotado no Departamento em Maranhão.
Uma outra novidade, noticiado pela grande imprensa é que o Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin irá assumir o Ministério da Indústria e Comércio, em função da desistência do então convidado, Josué Gomes, filho do José de Alencar, vice-Presidente na gestão anterior do Presidente eleito Lula da Silva. Geraldo Alckmin, PSB, certamente vai ocupar a "cota" do Partido na divisão de poderes do Governo Lula. E, está cotado para ocupar o Ministério dos Portos e Aeroportos, outro membro do PSB, o Márcio França.
Voltando ao assunto do comentário inicial, a relação Arthur Lira x Lula da Silva, não se pode afirmar quem está comendo na mão de quem. São coisas da política, a troca/troca favores entre diversos grupos políticos.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Ele também fez troca como o Bolsonaro, isso faz parte do jogo
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