As notícias para o mercado financeiro não são nada boas. Com nomeação de novos ministros, no total de 37, diferente de 38 que eu tinha comentado ontem e revogação parcial ou total da Lei das Estatais, mostra a clara delineação da política econômica do Governo Lula. Na minha percepção, uma haverá uma guinada de 180° na política econômica que o País vinha praticando até então, com um breve período, 2014/2015, de total irresponsabilidade fiscal do governo da Dilma Rousseff, PT/MG. Vamos lembrar que a ex-Presidente Dilma, é fundadora do PT junto com o Lula.
Antes, porém, quero comentar que o "homem forte" do Governo Lula, recém eleito, será o Ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador do Estado da Bahia ao contrário do que tinha afirmado antes. Se depender dele, Rui Costa, a política econômica, apesar dele ser do mesmo PT, teria um viés liberal, com parcerias públicas/privadas em muitas ações do Governo federal. Há grande chance de ver a queda de braços entre os petistas históricos como o Aloisio Mercadante, PT/SP e os neoliberais como o do Rui Costa, Ministro Chefe da Casa Civil, à partir de 1º de janeiro.
No meio do caminho, vai ficando o Fernando Haddad, novo Ministro da Fazenda, a quem compete executar os Orçamentos da União, agora, incluídos o valor do PEC de Transição, que está sendo aprovado pelo Congresso Nacional. Cabendo ao Ministro da Fazenda em conjunto com o novo Ministério de Planejamento, a elaboração da anunciada "Reforma tributária", para tentar equilibrar o Orçamento Público federal, compatibilizando a receita com os novos gastos públicos. Como não existe milagre na macroeconomia, haverá aumento de carga tributária no País.
Diante dos fatos, até pode ser que eu tenha que comentar sobre as consequências da briga, no sentido de pensamento, entre o Rui Costa e o Fernando Haddad. A queda de braça entre ambos, certamente, vai causar retrocesso na política econômica do País, diante de uma conjuntura econômica global totalmente desfavorável, pelo menos para os próximos anos.
Ossami Sakamori
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