sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Se cuida, ministro Fernando Haddad !

 


Ao contrário do que afirma o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o novo governo, a do recém eleito Presidente Lula da Silva, não vai encontrar o "rombo fiscal" de R$ 50 bilhões, no resultado fiscal de 2022, do governo do Presidente Bolsonaro, como afirmara anteriormente.  Ao contrário do "rombo fiscal" ou o "déficit primário", que vem desde a crise econômica/financeira da Presidente Dilma em 2014/2015, o Presidente Bolsonaro vai entregar o Governo com o "superávit primário" ou a "sobra de caixa" do resultado primário em R$ 34 bilhões, pela última estimativa.   

            

          O gráfico acima mostra a evolução das contas públicas do Governo federal, demonstrando claramente, os sucessivos déficit primários ou o rombo fiscal, com o déficit primário acentuado no ano de 2020, o ano da pandemia Covid-19.  De lá para cá, o ministro da Economia Paulo Guedes, do governo do Presidente Bolsonaro, vem tomando medidas econômicas que resultou na reversão da situação de "rombos ficais" ou "déficit primários" citados pelo novo ministro da Fazenda, o Fernando Haddad.   O resultado das contas fiscais de 2022 é o primeiro "superávit primário" desde o desastre da política econômica da Presidente Dilma Rousseff, PTB/MG.   

           Ontem, foi aprovado pelo Congresso Nacional o PEC da Transição proposto pelo Presidente Lula, recém eleito, no valor de R$ 145 bilhões, adicionais à LDO de 2023, aprovada em julho deste ano.   Vai ser um desafio para o novo ministro da Fazenda em manter o "superávit primário" em 2023, apesar do aumento de gastos adicionais proposto pela Transição do Governo federal.   Ao invés de 26 ministérios, o Fernando Haddad terá que conter o apetite de novos 38 ministros do organograma do governo Lula, além de administrar os novos gastos propostos e aprovados pelo Congresso Nacional.

          Como acadêmico que ele é, o professor Haddad que inventa os novos termos para o mercado financeiro, como "âncora fiscal" ou "arcabouço fiscal", que confundem os leitores leigos, mas nada mais do que a repaginação da "política fiscal" ou da "política econômica".   Os jornalistas da área econômica, já estão adotando os novos termos, só não sei dizer se os analistas econômicos globais entenderão os termos do ministro Fernando Haddad.    

         Enfim... O ministro da Fazenda, Fernando Haddad mentiu ao dizer que herdará o rombo fiscal de R$ 50 bilhões do governo anterior.   Bem ao contrário, o novo governo deverá receber do governo anterior, com um superávit primário, sobra de caixa, acima de R$ 30 bilhões e vai gastar R$ 145 bilhões a mais do que estava previsto na LDO/2023, aprovada em julho passado.  Eu, como simples cidadão brasileiro, só torço para que o novo ministro Fernando Haddad tenha "pulso firme" para não cair no encanto da administração pública, preocupado em criar novos termos na velha macroeconomia. 

            Ossami Sakamori

                 

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