sábado, 3 de dezembro de 2022

O desemprego nos Estados Unidos e no Brasil

 

Crédito da imagem: Valor Econômico

No Wall Street, onde se localiza a Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones, operou em alta devido ao destaque ao relatório de empregos dos Estados Unidos, onde mostrou a criação de 263 mil empregos em novembro, um sinal de seguro de força do mercado de trabalho dos Estados Unidos.  A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 3,7%.  Ainda, assim, a percepção entre os agentes do mercado financeiro é de que o Federal Reserve, o Banco Central americano, não está fazendo o suficiente para, pasmem, enfraquecer o mercado de trabalho e combater a inflação. 

         O Banco Central americano, diante do quadro que se apresenta, ao contrário do Brasil, pretende aumentar a taxa básica de juros em 0,5% na reunião deste mês, dezembro, para tentar manter o equilíbrio entre oferta e demanda de empregos no país.   Para quem não tem familiaridade com a economia norte americana, o balizamento da taxa básica de juros do títulos americanos, é feito "em cima" da taxa de desemprego, ao contrário do Brasil que baliza pela taxa de inflação.   Enquanto, os Estados Unidos trabalham com a taxa básica de juros ao nível que pretende elevar para 4,25% em dezembro, o Banco Central do Brasil, trabalha com a taxa básica de juros em 13,75% e a tendência em mantê-la na estabilidade nas próximas reuniões.

           Enquanto isso, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,7% no terceiro trimestre de 2022.  Abaixo, vai o quadro de desemprego no Brasil no primeiro semestre de 2022, apenas para conhecimento.  No Brasil, as estatísticas são carentes e muito pouco divulgado, dificultando análise por parte de qualquer cidadão comum.  É um sinal visível de que o País ainda está carente de um Ministério da Economia competente que saiba esclarecer à população, o propósito de uma política econômica e monetária.  

Taxa de desemprego no Brasil em 2022
MêsTaxa de desempregoDesocupaçãoOcupação
Janeiro11,2%12,0 milhões95,4 milhões
Fevereiro11,2%12,0 milhões95,2 milhões
Março11,1%11,9 milhões95,3 milhões
Abril10,5%11,3 milhões96,5 milhões
Maio9,8%10,6 milhões97,5 milhões
Junho9,3%10,1 milhões98,3 milhões
         
          Só fico a imaginar o Fernando Haddad como ministro da Fazenda driblar os números da macroeconomia.   Que por sinal, está falando em uma "nova âncora fiscal".  Sabe, lá, o que ele está querendo dizer e o que se pretende.   Espero que a "ancora fiscal" do Haddad não leve o Brasil para o fundo do mar.

           Ossami Sakamori

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