Crédito da imagem: Veja
O Ibovespa - índice que compõe as ações mais negociadas da Bovespa/BMF, tem batido sucessivos recordes. Ontem, dia 23, véspera de feriado em São Paulo, o Ibovespa fechou em 97.677 pontos. Ainda assim, se corrigido pela inflação do período, o índice está bem abaixo do pico de 2008. O mercado de ações, tem ainda muito chão para percorrer.
O motivo do otimismo, é a declaração do ministro da Economia Paulo Guedes, durante o Fórum Econômico Mundial, de que a reforma da previdência que o governo vai enviar ao Congresso Nacional pode economizar aos cofres públicos, em até R$ 1,3 trilhões, sem especificar em que período. De toda forma, independe de ser um número vago e sem ao menos dar informações detalhadas sobre as reformas pretendidas, o "mercado financeiro" as pegou bem.
Segundo a grande imprensa, o Paulo Guedes teria afirmado que a realização da reforma dará ao Brasil um "poderoso efeito fiscal" com duração por 15, 20, 30 anos". E ainda, afirmou: "Ou é isso, ou vamos nos tornar a Grécia".
Curiosamente, eu tenho afirmado em sucessivas matérias neste blog, de que a "dívida pública federal" poderá levar o Brasil, celeremente, ao caminho da Grécia ou Turquia. Um dos principais componentes, além das reformas estruturantes são os juros reais Selic pago pelo governo ou a eliminação do "déficit primário" (o dinheiro que falta para pagar as despesas correntes) será um fator preponderante para o desenvolvimento sustentável do País.
Passado 24 dias da posse do novo governo, os investidores institucionais aguardam, ansiosamente, o detalhamento da política econômica do novo governo. Urge a apresentação da política econômica completa, além da apresentação de vagos números. O governo não pode continuar se portando como amador, porque os investidores institucionais só vão colocar o "dinheiro novo" só quando houver definição clara da política econômica, em números.
Por enquanto, o ministro da Economia Paulo Guedes só apresentou aos investidores institucionais, as boas intenções. No meu entender, isto é muito pouco para um país que procura avidamente por novos investimentos no sistema produtivo.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Concordo, professor, que Paulo Guedes está demorando demais para dizer tudo.
Aliás neste começo de novo governo, tudo está muito demorado, as incertezas, as dúvidas que todos nós brasileiros, e o mundo todo, temos em relação às atitudes que precisam ser tomadas, demoram demais para serem esclarecidas.
Alonga-se demasiadamente as expectativas e com isso começam as suposições e as conjecturas que acabam dificultando ainda mais as ações do governo.
No mínimo são mais explicações a serem dadas.
Prezado professor Eli,
Paulo Guedes é formulador da política econômica do presidente Jair Bolsonaro, desde 15 de agosto de 2018, data início da campanha eleitoral. Alegar tempo curto para elaboração do plano econômico, não pode ser.
Obrigado, comentário!
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