domingo, 13 de janeiro de 2019

SOS, Alegrete!



Alegrete e Uruguaiana, RS, pedem socorro.  O município de Alegrete, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, começou contabilizar os prejuízos com a enchente que atinge a cidade devido a cheia do rio Ibirapuitã, que subiu até 13,7 metros acima do nível normal, ontem, dia 12. O que marca a tragédia é o descaso do poder público.  O Planalto está ocupado com causas maiores como o déficit fiscal e sobra muito pouco tempo para causas fúteis.  

A situação da cidade é de calamidade pública. As unidades de saúde estão comprometidas, com equipamentos como raio-X, tomógrafo e máquinas de eletrocardiograma submersas, segundo o prefeito local. O prejuízo estimado é de R$ 3 milhões. A importância num universo de Orçamento público estadual ou federal é pequena, mas para o município como Alegrete, faz muita diferença. Um levantamento da Defesa Civil aponta que há 2.448 pessoas fora de casa. 

Na agricultura, há prejuízo na bacia leiteira, com estimativa de mais de R$ 100 mil em leite jogado fora pela incapacidade de escoar a produção. A perda nas colheitas de arroz e soja podem passar dos R$ 40 milhões, diz o prefeito.  Num conjunto de produção nacional, o volume é muito pequeno, mas para aquela população é vital para a sua sobrevivência. 

É triste ver que, durante a campanha eleitoral, os candidatos vão até as remotas localidades, mas quando há tragédia como essa, destinam miséria de verbas destinadas para desastres naturais.  Sabe-se que o governador Eduardo Leite destinou R$ 500 mil para o município enfrentar o problema.  Até o momento, o ministro de Desenvolvimento Social Osmar Terra, que é gaúcho, nada manifestou.  Infelizmente, os costumes políticos, em nada muda.  Só muda os nomes que ocupam as cadeiras do poder.

SOS, Alegrete!

Ossami Sakamori




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