sábado, 5 de janeiro de 2019

Sessão pastelão em Brasília, na economia

Crédito da imagem: Estadão

O desastre das entrevistas do presidente Bolsonaro sobre matérias econômicas, já era previsível.  O Jair Bolsonaro, na função de presidente da República, quer transmitir à população que o elegeu, baseado nas promessas de mudanças, uma certa tranquilidade.  Como seria normal e compreensível que o presidente da República queira mostrar ao povo para que veio.  A falha da comunicação não é do presidente Bolsonaro. 

A primeira fala versava sobre a possibilidade de "subir" a alíquota de IOF para aplicação em investimentos das pessoas físicas para compensar a redução de Imposto de Renda para maior faixa, de 27,5% para 25%. O Ministério da Economia em declaração do Secretário de Receita Federal disse que não está fechado ainda como ficaria o Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas.  A falha decorreu da falta de comunicação entre Guedes e Bolsonaro.

Na quinta feira, dia 3, presidente da República deu entrevista à equipe de jornalistas do SBT, afirmando que a idade mínima para previdência passaria para 62 anos para homens e 57 anos para mulheres, sem dizer que as mudanças referidas seriam para apenas para o funcionalismo público, que hoje é de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. A declaração do presidente interpretado pela imprensa ao pé da letra, sem o devido cuidado, causou "mal estar" na Câmara dos Deputados, já que a idade mínima, em tramitação, está previsto a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, para o setor privado em geral.  

Para completar o desastre da comunicação, o presidente resolveu dar palpite na negociação entre Boeing e Embraer, já em fase adiantado para finalização da parceria entre as duas companhias.  Algo parece incomodar o presidente, mas o presidente não explicitou o seu desconforto com a conclusão do negócio.  O governo da União, no caso da Embraer, só tem poder de "veto", por ser empresa estratégica e de segurança nacional.  A fala  do presidente da República, repercutiu mal entre os investidores nacionais e estrangeiros, que esperam do novo governo, a segurança jurídica para os seus investimentos.  

A culpa das "atrapalhadas" do presidente da República deve grande parte ao ministro da Economia Paulo Guedes, o formulador da política econômica, desde o início da campanha presidencial em agosto de 2018. Tempo para definição da política econômica e monetária, o Paulo Guedes, teve o suficiente.  Coincidentemente, na matéria anterior: O que pretende Paulo Guedes , este blog já tinha chamado atenção para a falta de definições na política econômica e monetária.  Deu no que deu... infelizmente, para o desgaste do presidente da República.  Tudo que não pode repetir no Palácio do Planalto é: 


Sessão pastelão na economia.

Ossami Sakamori
Fb/saka.sakamori



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