A palavra em francês, a correta seria résistance, mas permiti-me aportuguezar a palavra tirando o acento agudo, que se pronuncia no país do Luis XV com a sonoridade de um acento grave. Para não haver dúvida, tirei o acento e pronto. Resistance, significa segundo Larousse : Ação de resistência. Defesa contra ataque. Oposição. Oposição patriótica à autoridade ocupante. Perfeito. É esta colocação que estou dando à palavra.
Exatamente, o sentido que quero dar a este blog: Oposição patriótica à autoridade ocupante. Seja de que partido for. Nem da direita, nem da esquerda, diriam os franceses. Até porque, historicamente, os partidos políticos no Brasil não tem ideologia, são apenas aglomerado de interesses privados. Definido o conceito, vamos à resistance.
Se pudesse regredir ao tempo, talvez tivesse feito resistance ao presidente Figueiredo por ter ele preferido cheiro de cavalo ao do povo, ao presidente Sarney pela tentativa de tabelar a inflação pelo decreto lei, ao presidente Collor pelo sequestro de ativos financeiros, ao presidente Itamar pelo comportamento inadequado no sambódromo, ao presidente FHC pela compra de votos para permitir sua própria reeleição e finalmente ao presidente Lula pela compra de alma dos parlamentares via sobejamente conhecido como mensalão.
Trata-se sobre o governo Dilma Rousseff. Desde a conduta inadequada para sua própria eleição, impublicáveis. Matéria que merecerá, um capítulo especial neste blog, num momento mais adequado. Até a banalização da corrupção no seu governo, dito não por mim mas denunciados em principais mídias do país.
Diz a presidente que está fazendo a faxina e não compactua com malfeitos. Já foram afastados, sem número de ministros e dirigentes de entidades públicas federais, sob acusações gravíssimas de corrupção. Corrupção, ou dizendo claramente, roubalheira, comprovada através dos órgãos de controle federais como TCU e CGU. O máximo, que o povo sabe é que os malfeitores foram afastados das funções públicas. Apenas e tão somente isso.
Então, a presidente Dilma sabe fazer a faxina. Sabe, sim. Fazer faxina colocando os lixos em baixo do tapete. Não se sabe exatamente se um dia vai fazer a faxina verdadeira, colocando o lixo no lugar correto que é lixeira. Quanto aos malfeitos, estou a entender que ela Dilma, não quer saber de que a roubalheira sejam malfeitos. Só pode ser isso, porque nenhuma providência jurídica criminal e de recuperação do patrimônio público foram tomadas, segundo se tem notícia.
Não vou entrar em detalhes sobre delitos cometidos pelos agentes públicos, afastados das funções públicas, mas livre e soltos, porque esta função cabe as mídias tradicionais, outrora ícones da resistance. Até porque, não tenho formação de agente público, portanto as provas concretas que eventualmente possa apresentar carecem de legitimidade.
Na democracia constituída, cada um tem a função definida pela Constituição. O povo faz denúncia, a polícia investiga, o ministério público denuncia e o juiz julga.
Que cada um cumpra o seu dever constitucional, sem sofisma, sem corporativismo, sem apadrinhamento das causas. Chamo atenção para as funções da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e estadual, Justiça comum ou federal em todas instâncias, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, todas previstas na Constituição da República e leis vigentes.
Como podemos ver, falta de autoridades para criar resistance, não seria. Esperamos, que não seja necessário, o povo ter de sair às ruas, como aqueles do mundo árabe. Que, nem precisemos ter a Primavera Brasileira.
#EuSouDaResistence
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Ossami Sakamori, 67, é engenheiro civil, portador do RG 440.672-9 PR, foi professor da UFPR, analista informal da política e economia. Atende no Twitter : @sakamori10
Um comentário:
Boa querido Saka. Moi, je suis de la résistance aussi! On y va ensemble pour rétirer ceux couchons qui sont dans la puissance de notre pays. J'espère qu'on arrive tôt!
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