Ontem, escrevi a situação econômica do Brasil, como sendo crítica e esta posição não vem de hoje. A economia do País se parece muito com as grandes empresas brasileiras que estão em situação de insolvência e estão entrando em recuperação judicial, como a Americanas e a Cervejaria Petrópolis. A situação de quase insolvência do Brasil vem antes mesmo do Governo Bolsonaro ou do Governo Temer. O estopim da crise econômica/financeira foi no governo Dilma em 2014/2015, do governo PT. Não que a Presidente Dilma tenha feito o "rombo" sozinha. Esta situação do País vem lá de trás, incluído Governo Lula 1 e 2, também.
É triste ver que o Governo Lula tanto quanto os governos anteriores tentaram e tenta sair da situação "déficit primário" ou do "rombo fiscal". Mesmo o tão falado "arcabouço fiscal", uma nova denominação dada ao "déficit primário", vê o equilíbrio das contas do governo somente em 2026, após a reforma tributária do Bernardo Appy, que na minha opinião não será aprovada, devido a complexidade na "repartição" do único tributo, o IVA, arrecadado pelo Governo federal.
Eu já expliquei nas matérias anteriores de que o tão cobiçado plano de "zerar" o "déficit primário", não engloba o pagamento de juros da dívida pública brasileira. A meta "ousada" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, acena gerar o "superávit primário" somente no ano de 2026. Com o "superávit primário" previsto, isto é o dinheiro que sobra depois dos pagamentos de despesas do Governo federal, incluído Previdência Privada, apenas cobre parte do "déficit nominal", quando inclui o pagamento dos juros da dívida pública. Qualquer governo que se diz responsável teria que ter como meta gerar o "superávit nominal" para amortizar pelo menos parte dos juros da dívida pública. Só mesmo quando o Brasil gerar o "superávit nominal", que é o dinheiro que sobra para pagar parte da dívida pública federal, podemos dizer que o País é do primeiro mundo. Até lá, vamos aguentando a "pecha" de país de terceiro mundo!
A dívida pública do setor público registrou em 2022, com uma pequena queda no ano passado, terminando o ano em R$ 7,22 trilhões ou equivalente a 73,5% do PIB - Produto Interno Bruto. O Governo federal, tem meta de arrecadar R$ 3,3 trilhões em 2023, mesmo assim, ainda vai gerar "déficit primário" ou o "dinheiro que falta" para pagar as despesas primárias do Governo Lula, que em 2023, será de R$ 50 bilhões, portanto e não vai sobrar dinheiro para pagar "nem sequer" os "juros do Tesouro Nacional". O Brasil vai continuar com o "déficit primário" que vem desde 2014/2015. Isto significa que os juros da dívida pública ou a taxa de juros básicos Selic de 13,75% ao ano, serão acrescido ao total de R$ 7,22 trilhões no número final de 2023, cujo prazo médio para pagamentos e ou renovação não passa de 3,6 anos. O prazo é extremamente curto, significa que o Brasil não tem credibilidade interna e externa. Um país de economia estável como o Japão, com dívida pública muito maior, relativamente ao do Brasil, o prazo médio de resgate da sua dívida é de mais de 20 anos e a taxa básica de juros é de 0,5% ao ano, menor do que a própria inflação.
Aproveitando, o tema, cada brasileiro, quando nasce, já carrega dívida pública de aproximadamente, R$ 32 mil reais para pagar nos próximos 3 anos e meio, que é o prazo médio da dívida do Tesouro Nacional, com a tendência de aumentar a cada ano, porque a dívida pública brasileira só aumenta, além de faltar dinheiro para cobrir as contas do Governo federal e nem sequer conseguimos pagar os juros da dívida do Tesouro Nacional. Enquanto o Brasil não conseguir zerar o "déficit nominal", que é o dinheiro que falta quando incluí os juros da dívida pública além das despesas do Governo federal. Gerar "superávit nominal" para amortizar o principal da dívida pública, está longe de acontecer. A discussão que outrora era sobre "déficit nominal" ou "superávit nominal" já saiu do dicionário dos formuladores da política fiscal há muito tempo. Fernando Haddad e Simone Tebet são ministros de pouca formação ou nenhuma formação em macroeconomia e tratam a política econômica e política fiscal "em cima do joelho", num velho caderno de aritmética, cheio de quadradinhos como pano de fundo. As pessoas do meu tempo, sabe qual caderno me refiro.
Por razões expostas, na minha condição de analista econômico de horas vagas, estou recomendando baixar a taxa básica de juros Selic para 12,25% ao ano, até porque a inflação corrente está ao redor de 6% e os investidores especulativos nacionais e internacionais estão suficientemente satisfeitos com a taxa de juros de títulos do Tesouro Nacional, uma das mais alta do mundo, neste momento. O fato é que o COPOM do Banco Central não confia na "política fiscal" do Governo Lula que denomina de "arcabouço fiscal" e também pela "ausência" de uma "política econômica" crível do Governo Lula para para o período de governo que vai até 2026. O tão comentado "arcabouço fiscal" contempla apenas a "política fiscal", mas não apresenta a "política econômica" do Governo 2023/2026. Enfim, o Brasil está altamente endividado e nem tem dinheiro para pagar os juros da dívida pública, pelo menos até 2026, quando o "arcabouço fiscal" diz sobrar cerca de R$ 300 bilhões para pagamento de uma parte dos juros da dívida pública, daquele ano.
Brasil está como um um grande navio à deriva, esperando a sinalização do seu capitão, o Presidente Lula para atracar em algum "porto seguro". Ele, o Lula, está a escolher entre qual porto de bandeira vermelha vai atracar o navio denominado de Brasil. O navio está à deriva!
Ossami Sakamori
4 comentários:
Um navio à deriva e um Capitão bêbado vomitando no convés.
Ótimo comentário Ossami ! Bela tacada 👍👍👍Eu ainda não tinha pensado nesta extensão do problema!!! Realmente , desta forma , o ( des) governo molusco, empurra com a barriga os seus 4 anos e devolve o País cada vez pior em termos Macro ! E nada de picanha pro povo 🤬🤬🤬🤬
Para completar…. Picanha é pensar muito alto …..não vai ter nem “ colchão duro “ 🤬🤬🤬🤬🤬🤬
Essa e a realidade, que esses petralhas nao querem enxergar, so querem gastar e afundar mais o Pais…
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