quinta-feira, 20 de abril de 2023

Brasil dorme em berço esplêndido!

Tem se falado muito sobre o termo ESG, nos últimos tempos, sobretudo no meio empresarial, mas poucos tem noção do que está falando, como termo da "moda".   O termo ESG muito badalado no meio empresarial em todo o mundo e no Brasil, em especial, se refere ao termo Environment, Social Governance, que é um termo muito abrangente, porém, tem se aplicado o termo estritamente ao meio ambiente do trabalho, interna corporis, como a sigla da moda que de certa forma foge um pouco do entendimento inicial, de quando o termo foi cunhado pela primeira vez em 2004 em uma publicação do Banco Mundial em Parceria com o Pacto Global da ONU e instituições financeiras de 9 países do grupo Who Cares Wins, cuja proposta era obter respostas dos bancos sobre a maneira de integrar os fatores ESG, no sentido mais amplo, ao mercado de capitais. 

        Mais recente, o Secretário Geral da ONU, na celebração dos seus 77 anos de existência da Organização, entre outras manifestações, mostrou-se preocupados com a ação da ONU pela preservação do planeta, clamando pelo fim dos combustíveis fósseis e o início da revolução das energias renováveis.  Para ele, devem ser equilibradas as liberdades e oportunidades garantindo a todos as oportunidades e respeito ao direitos humanos de todos, também, no âmbito ESG no sentido mais amplo.    

       No ESG , o termo ou a sigla representa o quanto uma empresa está comprometido com o com a minimização dos impactos do meio ambiente dos seus produtos e as devidas compensações, no sentido global de mudanças climáticas, além de meio ambiente "interna corporis", que também é comumente denominado de ESG.   O que realmente interessa ao consumidor, se o produto que adquire foi observado o ESG em toda sua etapa de produção e comercialização.

         No mundo contemporâneo, sobretudo, com a mudança climática visível a todos habitantes do planeta, há uma tendência entre os consumidores de "excluir" as corporações "socialmente irresponsáveis".  Entende a população de que, quando os investimentos são considerados socialmente positivos, agrega valor à "imagem" das corporações ou às marcas de produtos que identificam a participação efetiva no efeito nocivo da mudança climática, identificados com a sigla ESG.   As corporações em geral, não entenderam o recado do António Guterres da ONU, considerando o ESG como "problema dos outros".

         Quando se trata do meio ambiente, os governos como um todo e em particular, o do Brasil, tem demonstrado pouca preocupação com o meio ambiente, floresta, que é um dever coletivo.   Os órgãos responsáveis pela preservação do meio ambiente, sobretudo nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, a preocupação dos governos, em especial, o do Governo federal, tem preocupação, tão somente, em apresentar maior ou menor índice de desmatamento e de queimadas.  Esquecem os governantes de plantões, que nos biomas citados, Amazônia, Cerrado e Pantanal, vivem cerca de 1/3 da população brasileiras, muitas vezes desassistidas ou abandonadas à própria sorte pelos governantes de ocasião.

          Recursos internacionais para preservação do meio ambiente, no âmbito do ESG, floresta, há de sobra no mercado internacional.  Somente o Fundo Amazônia que foi criado em 2008, no governo Lula, terá disponibilidade via Fundo soberano norueguês, investimento inicial de R$ 3 bilhões para ser aplicado em preservação da floresta, com irrestrita observância do ESG, floresta.  Enquanto isso, a população vive, literalmente, sob a floresta, esquecido na imensidão da floresta!

         Brasil dorme em "berço esplêndido", como diz o hino nacional brasileiro.  

           Ossami Sakamori                

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