Serei breve, hoje. Sexta-feira santa é dia importante para os católicos e é um dia de recolhimento, por tradição, dos praticantes da religião. Para o restante da população é mais um "feriadão" para viagens e descanso junto com os seus familiares. E, eu não fujo à regra.
Presidente Lula, na sua última aparição na grande imprensa brasileira, defende o "cessar fogo" entre Ucrânia e Rússia e sugere sentarem-se à mesa de negociação, com devolução de territórios ocupados da Ucrânia pelo Wladimir Putin aos ucranianos. Presidente Lula não quer ficar fora do protagonismo no conflito entre ambos países. Enquanto isto, a imprensa internacional fez grande exposição da visita do presidente da França, Emmanuel Macron e da Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia ao presidente da China, Xi Jinping, para tratar do conflito Ucrânia e Rússia.
Lembrando que há poucos dias, o presidente Xi Jinping fez visita de 3 dias ao Wladimir Putin, segundo a imprensa, para tratar de acordo de comércio bilateral. Para os entendedores da política global, o presidente chinês foi vender armas para a Rússia e apoio logístico comercial, uma fez que a União Europeia, excluiu a Rússia do sistema de compensação financeira internacional SWIFIT. Devido à pneumonia, o Presidente Lula, só será atendido pelo presidente chinês, no próximo dia 11, para tratar, sobretudo, de sistema de compensações financeiras em moeda chinesa, o Renminbi, mais conhecida pela população como "yuan".
O Presidente Lula perdeu a oportunidade ser o protagonista na solução do conflito entre Ucrânia x Rússia, já na visita que fez ao presidente Biden nos Estados Unidos e mais uma vez é "passado para traz" pelos principais atores políticos da União Europeia, em visita ao presidente Xi Jinping. O Presidente Lula festeja a possibilidade de trocas comerciais com a China serem feitos em "yuan", cuja moeda, ainda está longe de ser "moeda" de trocas comerciais e financeiras entre os países do ocidente. Resta perguntar se os americanos ou europeus vão dar prioridade à moeda chinesa como padrão.
Minha opinião é que no futuro não tão distante, o mundo viverá com o "dólar" e "yuan" como padrões de trocas comerciais e financeiras, uma vez que a China e Estados Unidos representam, grosso modo, a metade do PIB do mundo. A minha dúvida é se o Brasil vai ser protagonista no mundo ou continuará sendo apenas "coadjuvante" dos players globais, com Lula ou sem Lula. Para eles, Brasil é apenas quintal dos Estados Unidos e agora pretende ser o da China. Na minha opinião, falta altivez aos governantes de plantões!
Ossami Sakamori
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