Não tendo novidades para hoje, na área econômica, devido ao recesso do Congresso Nacional por estarmos na semana santa, com feriado na sexta-feira próxima, aproveito para colocar o panorama geral sobre o mercado financeiro global, que opera normalmente e comentário da economia brasileira para os próximos dias.
Acompanhando a movimentação desta semana, denota-se que após quase três semanas de pesadas baixas nos ativos financeiros, sobretudo devido à quebra do SVB - Silicon Valley Bank dos Estados Unidos e rápida intervenção do FED, o Banco Central americano e também, da crise do Suisse Bank absorvido rapidamente pelo UBS, ambos objetos de comentários deste blog, o mercado financeiro global aparenta estar a tomar o caminho da recuperação. Grosso modo, o mercado financeiro global perdeu cerca de 20% do valor de mercado, nesse período. E, as nuvens ainda não dissiparam totalmente.
O mercado financeiro brasileiro está sofrendo o desgaste do mercado financeiro global, além do respingo da quebra e pedido de recuperação judicial da Americanas e mais recente o pedido de recuperação judicial da Cervejaria Petrópolis, há ainda, a pesada crítica, em público, à política monetária do Banco Central, em especial à taxa básica de juros Selic pelo Presidente Lula. Isto tudo fez e faz com que o mercado financeiro brasileiro fique com "um pé atrás" ou quase "dois pés" juntos.
Na próxima semana, ainda, tem a expectativa de instalar a Comissão mista do Congresso Nacional para discussão do "arcabouço fiscal" da ministra do Planejamento, Simone Tebet e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A nova política fiscal proposta pelo Executivo, em essência vem com o "déficit primário" de cerca de R$ 228 bilhões, que deverá cair, se aprovado medidas propostas pelo Governo federal, para R$ 50 bilhões. Para vocês se situarem o que estamos a discutir, o Orçamento anual sancionado pelo Presidente Lula, Lei 14.525, prevê os gastos apenas da União em R$ 4,266 trilhões, igual a R$ 4.266.000.000.000,00 !!!
Enfim, a discussão da nova política fiscal deverá levar até o final deste mês, abril, para ser confirmado. Ainda, sobre a diferença entre a despesa prevista e o "déficit primário" projetado no novo "arcabouço fiscal" ou na nova "política fiscal", O Governo federal deverá complementar a receita com suspensão de benefícios fiscais que foram concedidos às empresas no exercício passado, o do governo Bolsonaro. Botando a lenha na fogueira, o governo do Presidente Bolsonaro, terminou o ano de 2022, com um "superávit primário", depois de 8 anos consecutivos de "déficit primário".
Ossami Sakamori
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