É comum, os Bancos Centrais, tentarem controlar a inflação do país, apenas com a taxa básica de juros, esquecendo-se de outros instrumentos da política monetária disponíveis, como calibragem de depósitos compulsórios que incidem sobre os depósitos à vista ou depósitos remunerados pelos usuários do sistema bancário.
Nem tanto a terra e nem tanto o mar, penso eu. A taxa básica de juros é "calibrado" pelos Bancos Centrais do mundo todo, conforme a "meta de inflação", estabelecido previamente. Assim, acontece com o FED, o Banco Central americano e Banco Centrais dos países, minimamente, responsáveis. Enfim, a política monetária, serve para equilibrar a moeda em circulação, na tentativa de "segurar" ou "conter" a inflação.
Feitas as considerações preliminares, vamos ao caso da taxa básica de juros Selic, do Banco Central brasileiro. Eu já manifestei em comentários anteriores de que a taxa básica de juros Selic, deveria estar no patamar de 12,25% ou 1,5% a menos do que atuais 13,75%, que, particularmente, acho exagerado, considerando que a inflação dos últimos 12 meses, fechado em março, em 4,65%. Isto significa que a taxa de juros real para quem aplica em títulos do Tesouro Nacional, está com rentabilidade líquida de 9,1% ao ano, o que é um rendimento real acima da média histórica. Isto tem sido a entrada de "dólares" para aplicação em títulos do Tesouro Nacional, provocando a atípica "desvalorização" do dólar ou "apreciação" do real.
O FED, Banco Central americano, trabalha com taxa básica de juros, ao entorno de 5% para uma inflação ao redor de 5% ao ano. O princípio geral dos Bancos Centrais do mundo todo é manter o controle da inflação e ao mesmo tempo manter a economia em crescimento. O Banco Central americano, baliza a taxa básica de juros, baseado na inflação presente e no nível de desemprego no país. Enquanto, o Banco Central do Brasil se preocupa, apenas, no controle da inflação sem se preocupar com o nível de desemprego no País. Esse "vício" de Banco Central de querer balizar apenas olhando para frente, sem ao menos, olhar a economia pelo retrovisor, provoca distorções "perniciosas" para o País como um todo.
Na atual conjuntura, com economia do País, "quase parando" e inflação sob relativo controle, proponho o rebaixamento da taxa básica de juros Selic, dos atuais 13,75%, para algo como 10,75%, com decréscimo de 3% sobre os atuais níveis, sem que prejudique a meta de inflação de 4,75%. O objetivo é para os investimentos especulativos atuais, nacionais e estrangeiros, entrando em "enxurrada", sejam elas canalizados para investimentos produtivos, que geram empregos no País.
Desta forma, defendo a taxa básica de juros Selic em 10,75% ao ano, adequados para retomar os investimentos produtivos no País. Eu, particularmente, acho deplorável a disputa de "poder" entre o Campos Neto e Lula, publicamente, para a vergonha do País.
Ossami Sakamori
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