Quando mistura, na discussão entre a política econômica e a política monetária, os dois ingredientes já explosivos, acaba resultando em desempenho "negativo" para o desenvolvimento do País. É o que está acontecendo no Brasil. Particularmente, fico muito à vontade para fazer criticas à equipe econômica do Governo e ao Banco Central, até porque sou adepto à política econômica liberal do Campos Neto, a do pensamento do professor Milton Friedman da Universidade de Chicago, que em linhas gerais segue a teoria de desregulamentação da economia.
Erra o Presidente Lula ao discordar em público a política monetária do Banco Central, a quem cabe cuidar do valor do real perante outras moedas, sobretudo ao dólar americano. E, com a nova perspectiva de fazer troca em moeda chinesa, o yuan, que é uma fração da moeda chinesa o "renmembi" a discussão se tornar mais complexa. Cada um devia cuidar do seu "quadrado" ou do seu "galinheiro", sem se preocupar com repercussões políticas ás medidas econômicas e monetárias que o País exige.
Na política econômica, o Presidente Lula e sua equipe, de pouca estatura, como o Fernando Haddad e a Simone Tebet, que, "em tese", deveriam cuidar da "política econômica" e da "política fiscal" no economês que todos entendem. Nada de inventar termo novo para representar como o "arcabouço fiscal" que é uma mistura de política econômica e política fiscal, sem saber exatamente onde termina uma e onde começa a outra. O mercado financeiro, nacional e internacional, tentam decifrar o "arcabouço fiscal" de ambos ministros com pouca formação em "macroeconomia".
Por outro lado, o presidente do Banco Central faz as suas próprias interpretações sobre o "arcabouço fiscal" e passa ao mercado a sensação de que "algo está errado" na economia do País. Ao estabelecer a taxa básica de juros, com os olhos de excesso de pessimismo na condução da política econômica do Presidente Lula, o BC mantém taxa de juros básicos Selic, com "rendimento" estratosférico, comparado com as melhores economias do mundo. É exorbitante a taxa de juros Selic de 13,75% para inflação ao entorno de 5%, se aproximando da meta de inflação do próprio Banco Central. A distorção da taxa básica de juros Selic, aparece na taxa de câmbio que está abaixo de R$ 5. A depreciação do dólar ou apreciação do real se deve ao ingresso de dólares para aplicação em títulos do Tesouro Nacional que está remunerando muito acima da média mundial. O real forte, no mercado financeiro, não reflete exatamente a situação econômica do País, pelo contrário mostra a distorção do valor do real.
Colocando a feia briga entre o Campos Neto e o Presidente Lula de lado, para a inflação que caminha para abaixo de 5% ao ano e pelo comportamento do ingresso de dólares, especulativos, no mercado financeiro, a taxa básica de juros Selic, dos atuais 13,75% ao ano, com inflação ao entorno de 5% ao ano, poderia estar muito bem remunerado pagando a taxa Selic de 9,25% ao ano, 1,5% abaixo da última "sugestão" minha de 10,75% ao ano.
Fazer o que, o meu palpite, não é? Se os principais atores da política econômica/monetária estão em pé de guerra, nocivo para o País. Isto mais parece que o Brasil virou terra de João Ninguém!
Que cada um, Campos Neto e Presidente Lula, cuide bem do seu "quadrado" !
Ossami Sakamori
Nenhum comentário:
Postar um comentário