Com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados, nesta semana, o mercado financeiro está otimista. O ministro Paulo Guedes comemora a aprovação de uma das reformas estruturantes que o Brasil espera, com muito otimismo. O governo Temer já tinha feito o esboço da reforma previdenciária, na sequência da reforma trabalhista, já em vigor. No entanto, o envolvimento do Temer na Lava Jato, a tarefa ficou para o atual governo. Seja como for, a reforma da previdência deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional como saiu da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, até o final de setembro pelo Senado Federal.
É muito cedo para comemoração num País que está no atoleiro de "rombos fiscais", desde 2015. A principal causa do "déficit nominal", não é propriamente o "rombo da previdência". Eu já escrevi que a reforma da previdência é hipossuficiente para retomada do crescimento e não vejo motivo para mudança do pensamento. O maior problema do Brasil está no pagamento de juros da dívida pública federal cujo estoque já está no patamar de R$ 5,5 trilhões brutos ou R$ 3 trilhões líquidos. O valor corresponde grosso modo ao pagamento de juros da dívida pública em R$ 375 bilhões ao ano.
A economia que virá com a reforma da previdência será ao redor de R$ 100 bilhões ao ano, já que a economia está projetado para 10 próximos anos é de R$ 1 trilhão. Paulo Guedes e o Palácio do Planalto insiste e a grande imprensa insiste na divulgação do número de R$ 1 trilhão, para dar a "falsa ideia" de que a reforma da previdência resolve todos os problemas fiscais do Brasil. O "rombo fiscal", somado o "déficit primário" e os "juros da dívida pública", ultrapassam R$ 500 bilhões por ano. Como pode ver, mesmo após a reforma da previdência aprovada, o "rombo fiscal" continua a ser gigantesco R$ 400 bilhões anuais, pelo menos nos próximos anos, com tendência de aumento.
Nem é necessário ser um gestor público, Paulo Guedes do Ministério da Economia ou Campos Neto do Banco Central, para ensaiar um prognóstico de que o País está longe de entrar na rota de crescimento econômico sustentável. Desafio os formuladores da política econômica contrapor à minha afirmação, sem utilizar das filigranas econômicas. O povo já cansou das "mesmas ladainhas" utilizadas pelos governos anteriores. A prioridade para os gestores públicos, será sempre, atender os investidores especulativos em detrimento aos investidores produtivos.
Enquanto não for feito, no mínimo, a prometida reforma tributária, o Brasil não entrará na rota do crescimento econômico sustentável.
Ossami Sakamori
É muito cedo para comemoração num País que está no atoleiro de "rombos fiscais", desde 2015. A principal causa do "déficit nominal", não é propriamente o "rombo da previdência". Eu já escrevi que a reforma da previdência é hipossuficiente para retomada do crescimento e não vejo motivo para mudança do pensamento. O maior problema do Brasil está no pagamento de juros da dívida pública federal cujo estoque já está no patamar de R$ 5,5 trilhões brutos ou R$ 3 trilhões líquidos. O valor corresponde grosso modo ao pagamento de juros da dívida pública em R$ 375 bilhões ao ano.
A economia que virá com a reforma da previdência será ao redor de R$ 100 bilhões ao ano, já que a economia está projetado para 10 próximos anos é de R$ 1 trilhão. Paulo Guedes e o Palácio do Planalto insiste e a grande imprensa insiste na divulgação do número de R$ 1 trilhão, para dar a "falsa ideia" de que a reforma da previdência resolve todos os problemas fiscais do Brasil. O "rombo fiscal", somado o "déficit primário" e os "juros da dívida pública", ultrapassam R$ 500 bilhões por ano. Como pode ver, mesmo após a reforma da previdência aprovada, o "rombo fiscal" continua a ser gigantesco R$ 400 bilhões anuais, pelo menos nos próximos anos, com tendência de aumento.
Nem é necessário ser um gestor público, Paulo Guedes do Ministério da Economia ou Campos Neto do Banco Central, para ensaiar um prognóstico de que o País está longe de entrar na rota de crescimento econômico sustentável. Desafio os formuladores da política econômica contrapor à minha afirmação, sem utilizar das filigranas econômicas. O povo já cansou das "mesmas ladainhas" utilizadas pelos governos anteriores. A prioridade para os gestores públicos, será sempre, atender os investidores especulativos em detrimento aos investidores produtivos.
Enquanto não for feito, no mínimo, a prometida reforma tributária, o Brasil não entrará na rota do crescimento econômico sustentável.
Ossami Sakamori
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