Paulo Guedes espera liberar cerca de R$ 22 bilhões do FGTS, de setembro deste ano a abril do próximo ano, para injetar o dinheiro, direto, na economia. Segundo a Caixa Econômica Federal, 84,4% do total de 254 milhões de contas tinham saldo menor que 1 salário mínimo. Se efetivamente, este dinheiro será sacado pelos trabalhadores são outros quinhentos. Muito destas contas são "inativos" há muito tempo, e que já foram objetos de liberação anterior no governo Temer. Seja como for, é uma tentativa desesperada do ministro da Economia para que o crescimento econômico do País, o PIB de 2019, não fique abaixo de 1%.
A liberação das contas abaixo de R$ 500, que corresponde quase 85% do total de contas, é uma forma de Caixa Econômica baixar o custo de manutenção dessas contas. Há contas contas com valor residual de R$ 2, mas que faz parte da estatística de 254 milhões de contas. A Caixa Econômica não informa, mas a Instituição cobra pela administração e manutenção da conta FGTS, 2% sobre o saldo total do R$ 379,2 bilhões de FGTS, por ano, o que corresponde a pouco mais de R$ 7 bilhões de remuneração. Nada é de graça. O governo sempre cobra pelos seus serviços prestados, direta ou indiretamente à população.
Estruturalmente, os recursos do FGTS, que são dinheiro dos trabalhadores, normalmente financiaram os projetos de infraestrutura como os programas de saneamento básico e de habitações. Em algum momento, os subsídios ao programa Minha Casa Minha Vida foram pagas com o dinheiro dos trabalhadores. Isto já foi objeto da denúncia deste blog no período do governo Dilma. Fazer política com o "dinheiro alheio" é a prática comum dos governantes, independente de matizes ideológicos.
Neste final do ano, o comércio e o serviço vão receber cerca de R$ 220 bilhões referente ao 13º salário dos trabalhadores ativos e pensionistas do INSS. Com liberação do 13º salário e do FGTS no mesmo período, vai mitigar o efeito da liberação dos recursos dos trabalhadores. É mais mais uma mágica do ministro Paulo Guedes, tão igual quanto do ministro Henrique Meirelles, para tentar manter a popularidade dos seus chefes, presidentes da República.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Não vejo como ação só para manter a popularidade do chefe, é isso, mais a reativação da economia.
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