O governo, através do seu ministro da Economia Paulo Guedes passa à sociedade brasileira a falsa ideia de que a Reforma da Previdência trará o crescimento econômico ao País. É um grande mentira, um engodo para enganar a população brasileira. Os números macros, mesmo aprovando na sua integralidade, a reforma da previdência encaminhada pelo Executivo, mostram que eles são hipossuficientes para trazer de volta o crescimento econômico sustentável para o País.
A Reforma da Previdência tal qual apresentado pelo Executivo, segundo o ministro da Economia Paulo Guedes, vai trazer uma economia de R$ 1,3 trilhão em 10 anos. Embora o tal ganho não seja distribuído linearmente ao longo dos 10 anos, vamos considerar otimisticamente que a Reforma traga ganho de R$ 130 bilhões ao ano, para efeito de análise macroeconômica do efeito da Reforma.
Primeira constatação é que o Executivo necessita que o Congresso Nacional aprove a Lei Complementar que autoriza venda de títulos da dívida pública no valor de R$ 248 bilhões para cobrir os gastos correntes do governo, sem considerar ainda o pagamento de juros sobre a dívida pública do Tesouro, cujo valor bruto é de R$ 5,5 trilhões ou valor líquido de R$ 4 trilhões. Isto se dá o nome de "déficit primário". O governo federal gasta, somente com o pagamento de juros da dívida pública, além do déficit primário (dinheiro que falta para pagar os gastos correntes do governo), o valor corresponde a cerca de R$ 350 bilhões ao ano.
Feito esta consideração, compare a economia decorrente da Reforma da Previdência no valor aproximado de R$ 130 bilhões com o "déficit primário" de R$ 248 bilhões ou ainda, compare com o valor dos juros devido a dívida pública federal no valor de R$ 350 bilhões, todos anos. Não precisa ser nenhum entendido em macroeconomia para constatar que a Reforma da Previdência é "hipossuficiente" para colocar o Brasil no rumo do crescimento econômico.
Reforma da Previdência é "hipossuficiente" para retomada do crescimento econômico do Brasil.
Ossami Sakamori
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