sábado, 17 de fevereiro de 2018

Temer dá a sua última cartada com a intervenção militar



Sem mesmo saber sobre "intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro", ontem de manhã, postei matéria sobre a improbabilidade de aprovação da reforma da previdência. Acertei sem  querer. Michel Temer dá última cartada no posto de presidente da República diante da impossibilidade da aprovação do seu maior projeto que era a reforma da previdência. Temer mudou o foco do discurso de previdência para a segurança pública, como que "de repente" o problema do País fosse o único. De certa forma, Temer está conseguindo desviar a "atenção" que era de previdência social para a segurança pública. Temer quer repaginar a sua imagem!

Impressionante é como a grande imprensa dedica suas páginas para o lado que o Temer quer conduzi-las. No Brasil não há imprensa independente. A imprensa brasileira é generosamente paga com propaganda explícita e implícita pagas com verbas de publicidade de suas grandes estatais como CEF, BB, Petrobras, Eletrobras, BNDES. O governo federal é maior cliente, disparado, em relação aos clientes privados. A grande imprensa sempre foi vendilhão e move de acordo com o interesse do seu maior cliente, o governo federal.

Quanto ao assunto da segurança pública no Rio de Janeiro já fiz várias matérias sobre o tema nesses 6 anos de blog. As favelas, que hoje são denominadas como "comunidades", formam um "país" à parte. O tráfico de drogas e milícias armadas tomam conta das favelas pela "ausência" do Estado mais do que pela "não presença" da segurança pública. O tráfico de drogas e milícias armadas substituem o Estado nas favelas há muito tempo. Leonel Brizola, governador do Rio de Janeiro entre 1991 a 1994, já admitia que as favelas eram de "domínio" do tráfico de drogas.

Não será a "intervenção militar", que resolverá em "definitivo" a segurança pública no Rio de Janeiro. Após o período de intervenção que termina no dia 31 de dezembro, a vida nas favelas voltará tudo como dantes.  Não será neste curto espaço de tempo que o presidente Temer e o general Breno Neto conseguirão "prover" as favelas de serviços essenciais como de educação, saúde pública e infraestrutura urbana. A intervenção militar é uma solução paliativa.  

A solução da "intervenção militar" do presidente Temer na segurança pública do Rio de Janeiro é como tentar curar a "metástase de câncer" apenas com curativos superficiais. É a última e derradeira tentativa do Michel Temer em sair da mediocridade e deixar alguma marca, pelo menos entre população fluminense. Vamos lembrar também que o General Breno Neto, nomeado interventor na segurança pública, ficará subordinado "diretamente" à presidência da República. Assim sendo, a responsabilidade do sucesso ou insucesso será exclusivamente de ambos. 

Temer dá ultima cartada para tentar mudar a sua imagem de mediocridade. 

Ossami Sakamori


4 comentários:

Unknown disse...

Infelizmente essa "intervenção para grego ver feita somente no Rio janeiro tem critérios eleitoreiro,logo não trará nenhum benefício .Será um paliativo que ao findar explodira nas mãos do próximo presidente..Em contrapartida se a ideia é denegrir as forças armadas,já que muitos clamam intervenção militar,só servirá para aumentar a popularidade de Bolsonaro,esse sendo apontado como próximo presidente..O Brasil necessita de uma intervenção militar em todo território nacional e principalmente na máquina pública.Os maiores bandidos e facção criminosa,estão em Brasília,assembleia legislativa do RJ E no congresso.Sem essa intervenção e trocar 6 por meia dúzia.. Um país que tem um #STF contaminado e conduzido pela esquerda, soltando bandidos e protelando a prisao do maior de todos os ladrões,Inclusive furtos em acervo presidencial,Não pode nem poderá dar certo.

Unknown disse...

Uma intervenção militar para boi dormir. Será que nada presta nesse País, tudo vendido, até a honra dos cidadãos honrados das Comunidades. A pouca vergonha é tanta, que sobem o preço de tudo é vem com o descaramento de falar que a inflação caiu. Ninguém vai fazer nada pelo Rio de Janeiro se os chefes das quadrilhas estão sentados nos gabinetes governamentais. É mais mentira, só merecemos mentiras....

Eli Reis disse...

O ano de 2018 ficará para a história como o ano em que um vampiro alegórico incomodou o presidente.

Além de todos os problemas de Governo, como economia, saúde, segurança, educação e política, o Carnaval mexeu com o brio de Michel Temer ao colocar um suposto sósia em cima de uma alegoria, fazendo troça do primeiro mandatário brasileiro.

Deu no que deu: Intervenção!

ronaldo mourao disse...

A partir do momento em que bandidos apareceram com fuzil em frente ao quartel da Marinha,alguma ação seria tomada.Esperamos que isso não seja somente uma cortina de fumaça.