Crédito da imagem: UOL
O ano de 2018 começou com a saia justa ente o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. Ambos, o Meirelles e Maia, querem colocar a responsabilidade do rebaixamento da nota de classificação do Standard & Poor's do "risco Brasil" um para o outro. A Agência manteve a classificação do Brasil no "grau especulativo" ou no "lixo".
Seja como for, vou fazer minha previsão de indicadores da economia do País para o ano de 2018, como faço todos os anos, no início do ano. Fazer previsão de números, diante da conjuntura política do País, não é tarefa tão fácil. Os números apresentados abaixo, foram baseados na equivocada política econômica do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
1. PIB. O crescimento do País deverá confirmar a previsão do Meirelles de 2% a 2,5% em 2018. O rebaixamento da nota do Standard & Poor's não deve influir significativamente no ritmo de crescimento do Brasil. Os indicadores apresentados em 2017 faz crer que a fase de "depressão" parece ter passado. O pior já passou, parece...
2. Inflação. A inflação corrente está em 2,75% ao ano. Tudo faz crer que o número será o menor do governo Temer. Os fatores positivos do ano de 2017 não devem repetir neste ano de 2018. A safra de verão 2017/18 deve apresentar queda na produção em cerca de 6%, segundo previsão do setor agrícola. A queda no preço dos alimentos não se repetirá. A inflação de 2017, resultado da queda de demanda ocorrido no final de 2016 não se repetirá neste início de 2018. Para piorar a situação da inflação, prevê-se a alta de preço do petróleo no mercado internacional ao nível de US$ 80 o barril, do tipo Brente (leve) já nos próximos dias. O próprio Banco Central prevê a inflação para o final do ano em 4,5%. Tenho temor de que a inflação no final de 2018 volte ao nível de 6%, ou seja o dobro da inflação atual.
3. Desemprego. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles prevê criação de 2,5 milhões de novos empregos. No entanto, o número é um tanto exagerado para o crescimento da economia entre 2% a 2,5% como o próprio ministro prevê. A criação de novos empregados com carteira assinada, para previsão de crescimento esperado não deverá passar de uma média mensal de 100 mil empregados, com carteira assinada ou seja 1,2 milhões no final de 2018. O meu número está compatível com o crescimento econômico previsto pelo próprio ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
4. Taxa de juros Selic. Com a classificação da nota de crédito do País em "grau especulativo" ou "junk" (lixo), a taxa de risco ou o juros reais não deve ser menor que 4% ao longo do ano. Com previsão de inflação, previsto pelo próprio Banco Central, em 4,5%, a taxa de juros Selic deverá terminar o ano em 8,5%. No entanto, a próxima taxa Selic do deverá ser cravado em 6,5%, ou seja 0,5% mais baixa que atual, para "honrar" a última previsão feita pelo próprio Banco Central.
5. Dólar. A política monetária equivocada do Banco Central, com respaldo do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, deverá continuar com o "dólar baixo" ou o "real valorizado". E o Brasil continuará gastando dólares que não temos ao invés de trazer os dólares para investimentos produtivos. Os preços dos produtos de consumo ser mais baixo em Nova York do que no Rio de Janeiro é um dos sintomas de que o dólar está baixo ou o real está valorizado.
6. Gastos públicos. O governo Temer continuará gastando o dinheiro que não tem. A previsão do "déficit primário" ou o "rombo fiscal" é de R$ 157 bilhões, conforme LDO de 2018. No entanto, o governo Temer está disposto a gastar mais do que o "rombo fiscal" previsto na LDO, para continuar comprando os parlamentares, na tentativa de aprovar o "remendo" da previdência.
7. Fator eleições. Todos os números apresentados acima poderão sofrer "fortes" alterações no decorrer da campanha para eleições presidenciais. Espero que os candidatos "salvadores da pátria" não criem expectativas falsas à população. O povo já está cansado de sofrer com expectativa de crescimento econômico sustentável.
8. Regra de ouro. Há uma forte crença de que a "regra de ouro" ou os atuais limites de gastos públicos não se mantenham para este e para os próximos anos. Brasil está mais uma vez na "sinuca de bico".
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
Seja como for, vou fazer minha previsão de indicadores da economia do País para o ano de 2018, como faço todos os anos, no início do ano. Fazer previsão de números, diante da conjuntura política do País, não é tarefa tão fácil. Os números apresentados abaixo, foram baseados na equivocada política econômica do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
1. PIB. O crescimento do País deverá confirmar a previsão do Meirelles de 2% a 2,5% em 2018. O rebaixamento da nota do Standard & Poor's não deve influir significativamente no ritmo de crescimento do Brasil. Os indicadores apresentados em 2017 faz crer que a fase de "depressão" parece ter passado. O pior já passou, parece...
2. Inflação. A inflação corrente está em 2,75% ao ano. Tudo faz crer que o número será o menor do governo Temer. Os fatores positivos do ano de 2017 não devem repetir neste ano de 2018. A safra de verão 2017/18 deve apresentar queda na produção em cerca de 6%, segundo previsão do setor agrícola. A queda no preço dos alimentos não se repetirá. A inflação de 2017, resultado da queda de demanda ocorrido no final de 2016 não se repetirá neste início de 2018. Para piorar a situação da inflação, prevê-se a alta de preço do petróleo no mercado internacional ao nível de US$ 80 o barril, do tipo Brente (leve) já nos próximos dias. O próprio Banco Central prevê a inflação para o final do ano em 4,5%. Tenho temor de que a inflação no final de 2018 volte ao nível de 6%, ou seja o dobro da inflação atual.
3. Desemprego. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles prevê criação de 2,5 milhões de novos empregos. No entanto, o número é um tanto exagerado para o crescimento da economia entre 2% a 2,5% como o próprio ministro prevê. A criação de novos empregados com carteira assinada, para previsão de crescimento esperado não deverá passar de uma média mensal de 100 mil empregados, com carteira assinada ou seja 1,2 milhões no final de 2018. O meu número está compatível com o crescimento econômico previsto pelo próprio ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
4. Taxa de juros Selic. Com a classificação da nota de crédito do País em "grau especulativo" ou "junk" (lixo), a taxa de risco ou o juros reais não deve ser menor que 4% ao longo do ano. Com previsão de inflação, previsto pelo próprio Banco Central, em 4,5%, a taxa de juros Selic deverá terminar o ano em 8,5%. No entanto, a próxima taxa Selic do deverá ser cravado em 6,5%, ou seja 0,5% mais baixa que atual, para "honrar" a última previsão feita pelo próprio Banco Central.
5. Dólar. A política monetária equivocada do Banco Central, com respaldo do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, deverá continuar com o "dólar baixo" ou o "real valorizado". E o Brasil continuará gastando dólares que não temos ao invés de trazer os dólares para investimentos produtivos. Os preços dos produtos de consumo ser mais baixo em Nova York do que no Rio de Janeiro é um dos sintomas de que o dólar está baixo ou o real está valorizado.
6. Gastos públicos. O governo Temer continuará gastando o dinheiro que não tem. A previsão do "déficit primário" ou o "rombo fiscal" é de R$ 157 bilhões, conforme LDO de 2018. No entanto, o governo Temer está disposto a gastar mais do que o "rombo fiscal" previsto na LDO, para continuar comprando os parlamentares, na tentativa de aprovar o "remendo" da previdência.
7. Fator eleições. Todos os números apresentados acima poderão sofrer "fortes" alterações no decorrer da campanha para eleições presidenciais. Espero que os candidatos "salvadores da pátria" não criem expectativas falsas à população. O povo já está cansado de sofrer com expectativa de crescimento econômico sustentável.
8. Regra de ouro. Há uma forte crença de que a "regra de ouro" ou os atuais limites de gastos públicos não se mantenham para este e para os próximos anos. Brasil está mais uma vez na "sinuca de bico".
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
Um comentário:
Bom dia. Eu já tenho 55 anos de idade e cansei dessa mesmice. Nada muda enquanto prevalecer a ideia entranhada nas pessoas do "jeitinho brasileiro". Tudo no Btasil ė improvisado para o "aqui e agora", sem nenhum planejamento a longo prazo.
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